terça-feira, 12 de maio de 2009

Mujer al volante


Hoje uma mulher bateu no meu carro. Não, ela não bateu propriamente. Apenas passou triscando, quebrando o retrovisor, depois de calcular de forma equivocada o espaço que havia entre o meu veículo e um caminhão estacionado, no fila do semáforo. Ela desceu do carro dela, toda espavorida. "Ai gente, que desastrada! Eu vou pagar, moço. Não fica bravo que eu vou pagar". No começo, senti raiva. Depois comeceu a me divertir com o jeito dela. No final, era uma sujeita tão simpática que eu quase agradeci pelo incidente. Mas não perdoei: liguei para a concessionária, peguei o orçamento do retrovisor, mais a mão-de-obra. Ela pagou sem dar um pio. Agora, estou aqui pensando que teria sido melhor ter deixado o retrovisor para lá e ter o telefone dela para trocar um dedinho de prosa.

A crise nos embrutece e varre para longe qualquer traço remoto de romantismo.

Um comentário:

  1. Não sei por que, mas sinto um cheiro de preconceito por trás desse post...

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Golpes baixos terão resposta à altura.