terça-feira, 5 de outubro de 2010

A hora do espanto II


Tenho estado tão ocupado que tem sobrado pouco tempo para vir aqui.
Embora meio atrasado, quero falar sobre a minha alegria com o fato de a eleição ter um segundo turno. É verdade que o Serra acabou nesta segunda etapa da disputa mais por um lance de sorte do que qualquer outra coisa. Com aquela cara de marmota embalsamada e aquela voz de vilão de filme de terror mexicano, ele tem uma imagem que em nada supera o modelito cabelo-escovado/blusinha-vermelha/cara-de-megera da Dilma, a boneca inflada pelo Lula. Mas Serra tem o traquejo de quem foi deputado, prefeito e governador, deputado federal, senador e ministro. Se não adquiriu experiência com esse currículo, é melhor tomar um copo de Baygon, deitar embaixo da pia e morrer com as perninhas pra cima, como uma barata. E a Dilma? Bem, a Dilma tem a experiência de arrastar o saco do Lula de um lado para o outro. Tudo o que ela fez até agora, em campanha, foi dizer que o governo Lula fez isso, o governo Lula fez aquilo... Por que não fala, com suas idéias próprias, o que vai fazer para melhorar a segurança (se é que alguém que é amigo do cocaineiro Evo Morales e dos narcoguerrilheiros das Farc pode falar sério quando o assunto é segurança). Por que não fala o que vai fazer para avançar o saneamento básico, já que não basta construir postos de saúde e hospitais enquanto metade dos lares do país despejam esgoto a céu aberto? Por que não explica como vai diminuir o tamanho da máquina pública, que o PT fez crescer a proporções paquidermescas?
De resto, é torcer para que a Marina não faça nenhuma lambança nessas alturas do campeonato.

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Golpes baixos terão resposta à altura.