Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
quinta-feira, 28 de julho de 2011
You Are The Sunshine Of My Life
Refrain:
D G6 F#m7 Bbm9
You are the sunshine of my life --
Em7 G/B Gdim Edim A7 G/B D Em7 G/B A7
That's why I'll always be a - round.
D G6 F#m Bbm9
You are the apple of my eye;
Em7 G/B Gdim Edim A7 G/B D Em7 G/B A7
Forever you'll stay in my heart.
D Bm7 Cdim G Cdim A7 Cdim DM7 G - A7 - G - A7
I feel like this is the be - gin - ning,
DM7 G Em7 F#7
Though I've loved you for a million years;
Bm E F#7 Bm
And If I thought our love was ending,
E7 Bm7-5 E7 Cdim A7 Em7 A7
I'd find myself drowning in my tears.
Repeat Refrain:
D Bm7 Cdim G Cdim A7 Cdim DM7 G - A7 - G - A7
You must have known that I was lonely
DM7 G Em7 F#7
Because you came to my rescue;
Bm E F#7 Bm
And I know that this must be heaven --
E7 Bm7-5 E7 Cdim A7 Em7 A7
How could so much love be inside of you?
Repeat Refrain:
- Words & Music by Stevie Wonder
Recorded by Stevie Wonder, 1973
quarta-feira, 27 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Amy Winehouse - Back to Black
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Alô, oh iniludível!
Na primeira vez que eu me dei de cara com a morte eu devia ter uns cinco anos. Houve grande alarido na minha rua, pessoas começaram a entrar e a sair de um terreno afastado, onde capim amargoso, arbustos e outros tipos de vegetação cresciam até a altura de um homem. Era um dia frio, escuro e de vento forte. Como outras crianças entravam e saíam do mato, deixe de brincar no quintal e segui na mesma direção. Fui passando pelos curiosos, passinho curto e apressado de guri abelhudo. Quando cheguei ao fim da trilha, vi com certo espanto e nojo o que atraía tanta curiosidade: dois porcos mortos, jogados um sobre o outro, moscas enormes voando sobre os salpicos de sangue que marcavam toda a área.
Na segunda vez que eu me dei de cara com a morte, eu devia ter uns seis anos. Uma vizinha adoeceu. Ela adoecia sempre, mas daquela vez adoeceu de um jeito diferente. Não sei, ninguém me disse, que mal ela tinha. Era uma mulher de meia idade, foi levada a um hospital, mas mandaram para casa. “Está desenganada”, diziam os parentes dela e os meus. As velhas das cercanias se revezavam com suas ladainhas e cantos religiosos, os familiares ali em volta, chorando. A agonia durou dias. Numa tarde, eu brincava de novo no quintal, enquanto as beatas cantavam lá na casa da moribunda: “Eu confio em Nosso Senhor/ com fé, esperança e amor...”. De repente, começou a gritaria. Os adultos da minha família correram para lá, me deixando para trás. Não tive outro remédio a não ser correr também, na mesma direção, sem saber exatamente o que estava acontecendo. Ao chegar, eu me meti entre os adultos até chegar ao leito de morte e ver o rosto magro e pálido da vizinha que acabara de dar o último suspiro. Os familiares gritavam de dor e desespero, especialmente Elizabete, a filha da defunta. Na tentativa de acalmá-la, uma cena patética: uma mulher, que ganhara bebê havia poucos dias, aproximou-se e deu a criança para Elizabete segurar. Cega pela dor, chorando e gritando, ela deixou o bebê cair e por pouco não houve outra tragédia. De repente, meu pai se aproximou, beliscou meu braço e ralhou: “O que você está fazendo aqui? Quem te chamou? Rapa já pra casa, seu moleque!”.
Em casa, amedrontado com tudo, eu me sentei na cozinha e fiquei ouvindo a gritaria, entremeada pelo cantochão interminável: “Eu confio em Nosso Senhor/ com fé, esperança e amor...”
Na terceira vez que eu me dei de cara com a morte, eu tinha de sete para oito anos. Aí meu pai já tinha vendido a casa na cidade e nós havíamos nos mudado para uma propriedade rural do meu avô. Eu estava no primeiro ano, numa escolinha que ficava num distrito, a três quilômetros de distância, que eu percorria a pé todos os dias, acompanhado pelos primos e por outras crianças das propriedades vizinhas. Havia na nossa sala uma garota cujo nome não me recordo mais. No entanto, como era muito magra, ganhou o apelido de Saracura. Um dia, alguém chegou à porta da sala de aula e perguntou por ela. Faz 40 anos que isso aconteceu, mas eu nunca vou me esquecer da garotinha de corpo mirrado, cabelinho curto, preto e liso, camisa branca e pequena saia azul, que se sentava na última carteira da primeira fila à direita. Nem vou me esquecer da forma como ela se levantou e, entre soluços que pareciam trazer toda a dor do mundo, encontrou forças para ajeitar o caderno, o lápis, a borracha, a cartilha e a régua numa sacolinha de pano. Depois, tremendo entre gemidos, saiu de cabeça baixa ao encontro daquela pessoa que acabara de servir como emissário do anjo da morte. Ninguém de nós fez qualquer coisa para consolar aquela pobrezinha, pois não sabíamos o que fazer ou dizer. Nem mesmo a professora, que já se desmanchava em soluços lá no seu canto. Só depois de ela se recompor, fomos saber que a mãe de Saracura acabara de morrer.
Desde então, tenho me deparado muitas vezes com a morte. Ela tem vindo buscar gente da família, amigos, velhos e novos conhecidos, outros nem tanto. Às vezes, quando perco o sono, fico pensando em Elizabete ou na pequena Saracura. Estarão vivas? Como lidaram com a morte desde então? Como eu teria me saído se estivesse no lugar delas, sendo golpeado tão cedo e de forma tão cruel e implacável? Pelo menos é mais fácil aceitar que também eu e a morte temos um encontro marcado. Hoje à tarde, amanhã cedo, daqui a dez ou trinta anos, quem saberá ao certo? Só o que eu sei é que ela me espreita na sombra, como um cachorro louco - cruel, infalível, inexorável.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Meus tipos inesquecíveis
Senhoras e senhores, apresento-lhes o Bolinha.
Acreditem, ele já foi um homem magro. Num determinado momento de sua vida, começou a se sentir uma pessoa desmotivada, sem iniciativa, vazia. Pensou, pensou e decidiu: era preciso encontrar algo que preenchesse aquele imenso vazio interior. Isso foi em 1997. Desde então, ele devora todo dia 10 pratos de arroz com feijão, oito bifes e três ovos fritos, além da sobremesa,composta por uma melancia, uma jaca, oito quindins, três pedaços de bolo de chocolate e uma taça de creme de papaia. Detalhe: tudo isso ENTRE AS REFEIÇÕES!
Claro que com essa dieta hipercalórica, Bolinha já está com colesterol a mil, triglicérides e diabetes na estratosfera. "Mas esses problemas eu empurro com a barriga", confessa.
Alguém duvida?
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Stan Laurel e os chifres
Insone, tenho muitas vezes o capricho de ficar vendo velhos filmes em preto e branco na madrugada. Sou do tipo antigo, e daí? Ainda sou do tempo em que fumar era bacana e dar a bunda era feio. Nesta semana, por obra de um amigo, calhou de me cair nas mãos "Os Toureiros" e outros filmes do Gordo e o Magro. Os Toureiros é de 1945, tem 75 minutos - que a gente nem vê passar - e foi dirigido por Malcolm St. Clair. Como estive em maio na Espanha, fiquei interessado em rever cenas de touradas. O elenco, além de Stan Laurel e Oliver Hardy, tem Margo Woode, que eu gosto muito e que no ano seguinte faria seu grande papel em "Somewhere in the Night".
A história é simples: Laurel e Hardy são detetives cujo depoimento concorreu para mandar um figurão para a cadeia. Eles vão para a Cidade do México atrás de uma ladra e acabam se metendo em grande confusão, pois o Magro é sósia do toureiro espanhol Don Sebastian. Com problemas no passaporte, Dom Sebastian se atrasa e os organizadores colocam o Magro em seu lugar. Daí, é de se imaginar o que acontece. Belo filme, boa fotografia e cheio daquelas cenas de pastelão que, imagino, num mundo que caminhava para o final da Segunda Guerra Mundial, ainda deviam divertir muita gente.
O que me fez parar o filme e voltar várias vezes foi a cara triste de Stan Laurel em várias cenas. Há um tom melancólico por trás de suas palavras, de seu olhar, de sua maneira de se pôr na história. Problema de saúde não devia ser - ele só veio a morrer em 1965. O Magro, ninguém me engana, devia estar sofrendo algum conflito existencial, quem sabe uma desilusão amorosa, coisa que ficou mais saliente em meio a tantos bois e tantos chifres.
Eduardo Galeano - amor, razão e tripas
Hoje muita gente critica "As veias abertas da América Latina", mas no meu tempo de adolescente era leitura obrigatória. Bom ver que Eduardo Galeano continua lúcido - ao menos no que diz respeito aos intelectuais, ao amor e à razão. Veja neste link:
http://www.youtube.com/watch?v=mdY64TdriJk&feature=share
http://www.youtube.com/watch?v=mdY64TdriJk&feature=share
terça-feira, 19 de julho de 2011
Foi neste dia...
Foi netse dia, em 1946, que Marilyn Monroe fez seu primeiro teste no cinema. Ela tinha apenas 20 anos quando assinou contrato com a 20th Century Fox. “Se tenho que ser símbolo de alguma coisa, ainda prefiro o sexual”, diria ela mais tarde. Há outras frases dela que eu gosto mais. Como esta: “Debaixo da maquiagem e por trás do meu sorriso, eu sou apenas uma menina que deseja o mundo”. Em 1955, um jornalista, querendo provocá-la, perguntou o que ela usava para dormir. Ela respondeu: “Apenas duas gotinhas de Chanel no. 5”. Também é dela a frase “Não estou interessada em dinheiro, eu só quero ser maravilhosa”. Por fim, uma que considero lapidar: “Se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza não merece o meu melhor!”.
Ah, Marilyn, que triste olhar para uma estrela da sua grandeza e se descobrir num mundo em que o brilho maior vem de gente como Lady Gaga, Beyonce, Amy Whinehouse...
Minha vontade é botar foto nesse blog!
Vou falar uma coisa: tem dias que eu quero botar fogo nesta josta deste blog. Porque demora para abrir, depois demora para logar, depois demora para carregar os arquivos. Tenho a impressão de que isso foi feito para ser operado por monges budistas. Ou por aqueles caras que praticam ioga. O sujeito dá um click no teclado e entra em alfa. Duas horas depois, volta para dar o segundo click. Assim, começa a redigir uma nota de dez linhas às oito da manhã e termina às cinco da tarde.
E o que dizer dos comentários? Vários amigos disseram que tentaram, mas desistiram de comentar qualquer coisa porque é preciso enviar pelo menos três vezes! Se há algum filho da puta aí do Blogger vendo isso, que tome providências.
Segue a programação normal.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
E viva o futebol burro!
Hoje o dia foi um pé no saco. Por todos os lados, o assunto foi um só: a derrota do Brasil para o Paraguai ontem à noite, na Copa América. Na CBN, num debate sobre o assunto, disseram que ninguém está nem aí com essa competição de quinta categoria, com gramados horrososos e com times idem (inclua-se a deleção de Mano Menezes). Eu não sei, mas acho que se a coisa for por aí, vai ser uma bosta completa ter que torcer para esses moleques como Neymar e Robinho. Eles se imaginam megastars, gente que desceu do Olimpo para dar um pouco de alegria aos humanos mortais. Vê lá se Neymar, ganhando R$ 2 milhões por mês, cercado por marqueteiros, assessores de imprensa, carrões importados, mulherada sarada pronta para o frenesi, vai estar ligando uma hora dessas para a vexaminosa derrota da Seleção... E o Pato, agora de caso com a filha do Berlusconi?
Eu discordo do pessoal da CBN. Acho que a Copa América é uma competição de menor importância, sim, mas que serviu para mostrar a mediocridade desse time que, salvo melhor juízo, é o que temos para 2014. Não tem o que justifique a perda de quatro pênaltis seguidos. Quatro pênaltis, um atrás do outro! Que vergonha, meu Deus! Hoje, multiplicaram-se as piadas. "Elano é que se aplende", comentou um amigo, fazendo um trocadilho infame com o nome do primeiro cagão a cobrar pênalti. Não achei a menor graça. Eu acho que o Mano Menezes devia convocar a Marta. Pelo menor ela tem peito para chutar pra gol, ao invés de ficar fazendo graça, como Neymar e cia.
Só somos bons em matéria de escândalos. Está ficando cada vez mais chato ser brasileiro.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Everything Old Is New Again
Words & Music by Peter Allen & Carole Bayer Sager
Recorded by Peter Allen, 1974
Intro: | A - A9 - D9 - Fdim | A - E7 - A - E |
E A9 A B7 B7/9 B7
When trum - pets were mel - low,
A6 A A6 AM7 F#7 F#7/9 F#7
And ev' - ry gal on - ly had one fel - low --
E7/6 Edim Fdim E7/6 E7
No need to re - mem - ber when,
A A9 D9 Fdim A E7 A
'Cause ev' - ry - thing old is new a - gain.
E7 Fdim A A9 A B7 B7/9 B7
Danc - in' at church Long Is - land jazz-age par - ties
A6 A A6 AM7 F#7 F#7/9 F#7
Wait - er bring us some more Bac - car - dis.
E7/6 Edim Fdim E7/6
We'll or - der now what they or - dered then,
A A9 D9 Fdim A E7 A
'Cause ev' - ry - thing old is new a - gain.
Bridge 1:
C#7 C#7/G# Cdim(IV) C#7
Get out your white suit, your top hat and tails,
F#7 Gdim F#7
Let's go backwards when forward fails;
E7/6 E7 E7/6 E7 E7/6 E7
And mov - ie stars you thought were long dead
E Cdim Edim E
Now are framed be - side your bed.
A9 A B7/9 B7
Don't throw the past a - way;
A6 A6 A F#7 F#7/9 F#7
You might need it some rain - y day.
E7/6 Edim Fdim E7/6
Dreams can come true a - gain
A A9 D9 Fdim A E7 A
When ev' - ry - thing old is new a - gain.
Bridge 2:
C#7 C#7/G# Cdim(IV) C#7
Get out your white suit, your top hat and tails
F#7 Gdim F#7
Put it on backwards when forward fails
E7/6 E7 E7/6 E7
But leave Gret - a Gar - bo a - lone
E Cdim Edim E
Be a mov - ie star on your own
C9 C D9 D7
And don't throw the past away;
C6 C A7/9 A
You might need it some rainy day.
D7/9 G D7/9 G7
Dreams can come true again
C G/B F E7-9 C G/B C
When ev' - ry - thing old is new a - gain
C G/B F E7-9 C G/B C
When ev' - ry - thing old is new a - gain.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Bactérias assassinas
Os intestinos da República não agüentam. Padecem de grande infecção, causada por poderosas bactérias. Em seis meses de governo, lá se vão dois ministros, defenestrados por causa de corrupção. Com eles, secretários e outros assessores, igualmente ladravazes do erário público. Interessante: é sempre a imprensa quem descobre, denuncia e derruba esses bandidos. Tribunais de contas e ministério público raramente acertam uma. E quando a coisa fica por conta da burocracia judiciária, não anda. Aqui nos trópicos, a sociedade parece estar longe de atingir desenvolvimento capaz de eliminar esses microorganismos do tecido social ainda em sua fase inicial. Veja-se o caso do mensalão, que data ainda do primeiro mandato de Lula. O homem foi reeleito, cumpriu todo o segundo mandato, elegeu a sucessora e até agora ninguém foi punido.
Gente, cadê o meu maldito saco de vômito?
terça-feira, 5 de julho de 2011
Triagem celeste
Tem essa outra, enviada pelo Flávio Nunes, de Florianópolis. Não sei quanto a vocês, mas eu ri sozinho, feito um tonto, ao ler esse troço na madrugada:
São Pedro, fazendo uma "triagem celeste", para saber quem pode entrar no céu ou ir para o inferno, foi perguntando ao americano:
- O que é mole, mas na mão das mulheres fica duro?
O americano pensou e disse:
- Esmalte.
- Muito bem, pode entrar - disse São Pedro.
Perguntou ao italiano:
- Onde as mulheres têm o cabelo mais enrolado?
O italiano respondeu:
- Na África.
- Certo. Pode entrar.
Para o alemão:
- O que as mulheres têm, com 6 letras, começa por B, termina com A, e não sai da cabeça dos homens?
O alemão respondeu:
- A Beleza.
- Certo. Pode entrar.
Para o francês:
- O que as mulheres têm no meio das pernas?
O francês respondeu:
- O Joelho.
- Muito Bem. Pode entrar também.
E perguntou ao inglês:
- O que é que a mulher casada tem mais larga que a solteira?
O inglês respondeu:
- A cama.
- Ótimo. Pode entrar.
E ao espanhol:
- O que é redondo, tem duas letras, um furo no meio, começa com C, quem dá fica feliz, e quem ganha fica mais mais feliz ainda?
O espanhol respondeu:
- CD.
- Certo! Entre também.
O brasileiro virou-se e foi saindo de fininho... São Pedro o chamou:
- Você não vai querer responder a sua pergunta?
O brasileiro respondeu:
- Sem chance! Errei todas... Para que lado fica o inferno???
Quem não se comunica, se trumbica
Tenho recebido um monte de piadas enviadas por leitores. Algumas são tão velhas que devem ter sido encontradas por arqueólogos em alguma ruína da civilização suméria. Mas outras são até legais, como esta aí, enviada pelo João Paulo Armínio, de Guarulhos:
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Fazia tempo que o mineiro não fazia uma programação, digamos, amorosa. Chegou na zona e disse para a primeira tia que passou na sua frente:
- Quanto cê cobra?
- Cem reais.
- Muito caro! Cé é doida? Que loucura é essa? Tá muito caro!
- Vou fazer um desconto pra você: cinqüenta reais...
- Não, eu só tenho 12 conto...
- É muito pouco! Por esse valor, eu não dou.
- Então eu te doi 12 conto e o meu celular.
A tia pensou, pensou, avaliou o momento econômico, as prestações vencidas, outras prestações vencendo e disse:
- Tá bem, eu topo.
Foram para o quarto. Terminada a festa, o mineiro levantou, botou as calças e deu os 12 reais para a moça, que falou:
- E o celular?
O mineiro, mais que ligeiro:
- Anota aí: 9141-1014.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Adeus, Mário Chamie
Vejo no noticiário que partiu neste final de semana o poeta Mário Chamie. Comido pelo câncer no pulmão e pela quimioterapia aos 78 anos. Vou dizer que desde a adolescência aprecio seus versos. Ele não fulgura no panteão dos bardos mais renomados, talvez por ignorância em torno de seu trabalho, talvez porque nem todos os grandes poetas tenham que estar no ponto mais alto do firmamente. Muitos, como Chamie, é bom que fiquem por aqui, lidando com a palavra como um marceneiro lida com a madeira. Andava esquecido, como tanta gente boa nesse país onde chamam mais a atenção os escândalos de Brasília, as obras da Copa e as trivialidades das novelas globais.
Para quem pensa, para quem gosta das letras, ele já está fazendo falta. RIP!
A CARNE É CRÁPULA
A carne é crápula
sob o olho cego
do desejo.
A carne é trôpega
se fala sob o pêlo
de outro desejo alheio.
A carne é trêmula
e fracta.
Crina de nervos,
veneno de víbora,
a carne é égua
sob o cabresto
de seus incestos
sem freios.
Fálica e côncava,
intrépida e férvida,
a carne é estrábica
nos entreveros
do sexo
com seus desacertos
conexos.
Sob o olho
sem mácula e cego,
a carne é crápula
nos arpejos
indefesos
de seus perversos
desejos.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
A calcinha da Gleisi Hoffmann
Vou confessar uma coisa para vocês: eu tenho uma queda pela ministra Gleisi Hoffmann. Aliás, mais que uma queda, eu tenho um tombo pela Gleisi Hoffmann. Em meio a essa mulherada feia que desfile pelos palcos do poder brasileiro, é um refresco ver a simpatia e a beleza da senadora que, de repente, virou ministra. Ok, ok, ela é casada. Pior que isso, é casada com outro ministro, o Paulo Bernardo. Fazer o quê? Ninguém é perfeito...
Foi com surpresa (...) que vi a foto de Gleisi mostrando a calcinha em uma de suas primeiras aparições como ministra. Dizer assim, mostrando a calcinha, é um exagero que não se afigura bem à ministra. Foi, na verdade, um descuido. É coisa que pode ocorrer com qualquer mulher, mas que toda senhora - se não quer se exibir - deve cuidar, sobretudo quando cercada por esses malditos paparazzi.
É claro que Gleisi só virou notícia por causa do seu sexy appeal. Já pensaram numa foto mostrando a zorba da Dilma? Ou, horror dos horrores, a "calcinha" da Ideli Salvatti?
À flor da pele
Fui aprovado no teste do caroço.
Fui recebido por uma dermatologista, que constatou ser apenas uma erupção aquela coisa que começou a surgir no lado direito do meu rosto, coisa que poderia virar um cisto, segundo ela. Por isso, aplicou anestesia local e cauterizou. Subiu fumaça. Como era mais de meio-dia, fiquei com fome ao sentir o cheiro da minha própria carne queimando. Autofagia é isso, o resto é apelido.
Dona Derma me recomendou um serviço de funilaria e pintura na testa que, além de uma cicatriz, provocada por um acidente na adolescência, anda vincada pelas marcas de expressão. Disse que o laser é menos invasivo e que uma plástica, nesta minha idade (sic), seria menos aconselhável. Saí de lá mais leve - com um caroço a menos - e me perguntando se o legal de tudo não é justamente carregar na cara as marcas das alegrias e tristezas que é viver. Uma amiga fez tanta plástica que já carrega um mamilo no queixo. Outro toda vez que espreguiça chuta a testa...
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