Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Vocês tão de sacanagem comigo!
Fui multado de novo por passar num radar a mais de 70 km por hora. Eu estava a 82 km no trecho, segundo mostra o auto de infração. Minha primeira reação foi me estapear em frente ao espelho, enquanto olhava para minha cara de idiota, que vive numa pindura dos infernos e agora vai se obrigar a passar mais uns cobres para o poder público. Depois, como tenho uma tendência mórbida e incontrolável de ser condescendente comigo mesmo, comecei a me revoltar contra a indústria da multa e a máfia do crime organizado, que age por trás dessas engenhocas chamadas "pardais" e que estão espalhadas pelas cidades brasileiras.
Em março deste ano, o "Fantástico" veiculou uma reportagem que escancarou as tripas pútridas desse odioso esquema, botando no ar a fuça de muitos dos seus integrantes. Na época, como forma de dar uma satisfação à opinião pública, houve promessa de se processar, prender, cassar, esfolar na praça etc. Quantos realmente foram punidos? Todo negócio rentável no Brasil sempre encontra um jeito de seguir em frente, não importa o quanto ele afronta as leis e o cidadão. Alguém aí acredita, em sã consciência, que o objetivo desses radares seja o de proteger a vida e promover a cidadania? É uma máfia que, segundo a reportagem da época, fatura até R$ 2 bilhões por ano com o negócio dos radares e lombadas eletrônicas, fraudando licitações e envolvendo prefeitos, vereadores, servidores públicos e outros, formando superquadrilhas num exercício de rapinagem sem fim.
Eu queria enfiar o cano de uma bazuca no rabo de cada um desses vagabundos e arrebentar com tudo. Mas, por enquanto, vou apenas reduzir a velocidade...
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Golpes baixos terão resposta à altura.