quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Che Tchererê


Sempre esperei que fosse publicado no Brasil um livro capaz de mostrar a verdadeira fuça do Fidel Castro e do Che Guevara. Na minha juventude (leia-se quando a Dercy Gonçalves ainda tinha cabaço), também fui admirador dos barbudos que se enfiaram na Sierra Maestra, lutaram e derrubaram a odienta ditadura do Fulgêncio Batista. Mas a gente evolui - e a ditadura ainda mais odienta que os barbudos impuseram ao povo cubano, não.
Eu me recordo de uma discussão, acho que no início do ano passado, com um grupo de jovens estudantes em Curitiba. Eu estava lá participando de um curso e, no happy hour, na Rua das Flores, um amigo me apresentou o filho, acompanhado por mais três ou quatro aborrecentes. Um deles usava camiseta com a clássica foto do Che. Provoquei uma discussão, a partir do filme com o Benício del Toro. Ouvi um monte de elogios ao Che, todos com base em chavões, frases feitas, lugares comuns. Eu me emputeço facilmente com a superficialidade. Passei a falar um monte de bosta sobre Che, o fiasco dele como médico, a forma como executava ou mandava executar pessoas diante da menor desconfiança de traição - o famoso "tribunal revolucionário", adotado aqui também, na mesma época, pelos grupos da luta armada. Che arrogante, de roupa militar e revólver na cintura, recebendo as pessoas no Banco Central de Cuba com as botas cruzadas sobre a mesa. Che fazendo cagada como ministro da Indústria de Cuba, falando sobre coisas que não entendia, atrasando a vida de milhões de trabalhadores. Che apoiando o fuzilamento de opositores, a expulsão de padres e até a prisão de amigos de armas que não concordaram com a guinada em direção ao comunismo, depois de triunfada a revolução. O grupo de jovens curitibanos torceu o nariz e me chamou de reacionário, direitista, essas coisas. Quase gozei.
Pois bem, essas e outras coisas podem ser lidas agora no primeiro capítulo do "Guia politicamente incorreto da América Latina", de Leandro Narloch e Duda Teixeira (Leya, 355 páginas). É um tiro no saco do Che e de todos os seu bajuladores. Pode ser comprado também nas livrarias de Curitiba...

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Golpes baixos terão resposta à altura.