sábado, 17 de janeiro de 2009

Otoridade

"Otoridade” é o que complica esse país. Principalmente quando a “otoridade” é político ou policial. Difícil saber qual é pior. À “otoridade” investida no cargo de policial também se dá o nome de “puliça”. Um leitor nos envia coletânea de pérolas, obra atribuída a um tenente coronel da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele garante que todas as frases foram originalmente coletadas dos livros e relatórios de registro policial. Veja:

- “O veículo, durante o acidente, teve amassamento no pára-choques e nos pára-lamas dianteiros, sendo que não pudemos colher melhores dados, devido à vítima haver fugido a galope”.
- “O condutor foi preso em flagrante por estar dirigindo em velocidade ‘incombatível’ com o local”.
- “Os conduzidos, além da algazarra, ainda xingavam a todos com palavra de baixo ‘escalão”.

- “Demos cobertura à ambulância na condução de um ‘débito mental’ até o PSM”.
- “Chegando ao local, encontramos a vítima caída ao solo, aparentando ter cometido um ‘homicídio contra si mesmo’.”
- "O cidadão machucou o ‘membro do rosto’.”

- “O sujeito estava vestido com uma calça Jeans e uma camisa ‘destampada’.”
- “O cadáver apresentava sinais de estar morto.”
- “Foi apreendido um quilo de lingüiça ‘perfumada’.”

- “Atendemos à solicitação do solicitante que nos narrou que o autor praticava atentado violento ao pudor, pois exibia para os transeuntes os ‘órgãos sanitários’”.

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Golpes baixos terão resposta à altura.