terça-feira, 28 de julho de 2009

Vivendo e desaprendendo


Já que se fala em cota nas universidades, no mercado de trabalho etc, não devemos estranhar se em breve aparecer por aí um sistema de cotas para político inteligente. Imagine uma reunião dos líderes partidários em Brasília, ambiente tenso, gente fumando, o ar condicionado não dando conta de espantar o calor. De repente, o líder de um dos maiores partidos toma a palavra:
- Minha proposta final é de que cada partido possa filiar no máximo 10% de políticos inteligentes em seus quadros. Mais do que isso, tumultua.
- Vossa Excelência está certo disso? Nosso partido discorda. Nós entendemos que com 10% de políticos inteligentes nossa sigla, que se enquadra entre os chamados nanicos, pode ficar totalmente descaracterizada.
- Mas nós não podemos mais continuar excluindo as pessoas inteligentes da vida política brasileira. Por mim, tudo bem. Acontece que há um clamor da sociedade para que isso mude!
Um senador, que a tudo observava em silêncio, resolve se pronunciar:
- Já pensou discutir os problemas do país com pessoas inteligentes e bem informadas? É uma coisa irritante, insuportável!
- Ah, isso não!
- Ninguém merece!
Um deputado do Sudoeste atalha:
- E se o governo piorasse as condições de ensino mais um pouco? Isso aumentaria o número de gente burra e a cota de políticos inteligentes poderia continuar baixa, já que estamos numa democracia representativa.
- Mas que grande burrice o senhor acabou de falar!
- Ora, bondade sua...

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Golpes baixos terão resposta à altura.