Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A Nightingale Sang In Berkeley Square
G Em Bm G7
That certain night, the night we met,
C B7 Em B+
There was magic abroad in the air;
G D7 G7 Cm
There were angels dining at the Ritz
G Em Am7 D7 G Em Am7 D7
And a nightingale sang in Berkeley Square.
I may be right, I may be wrong,
But I'm perfectly willing to swear
That when you turned and smiled at me
G Em Am7 D7 G Em Em6 F#7
A nightingale sang in Berkeley Square.
Bridge 1:
B7 C#m7-5 F#7
The moon that lingered over London town --
Bm Gdim C#m7-5 F#7
Poor, puzzled moon, he wore a frown.
B7 C#m7-5 F#7
How could he know we two were so in love
Bm Gdim Am7 D
The whole darn world seemed upside down.
The streets of town were paved with stars,
It was such a romantic affair.
And as we kissed and said "Good-bye,"
A nightingale sang in Berkeley Square.
How strange it was, how sweet and strange;
There was never a dream to compare
With that hazy, crazy night we met
When a nightingale sang in Berkeley Square.
This heart of mine beat loud and fast,
Like a merry go round at the fair;
For we were dancing cheek to cheek
And a nightingale sang in Berkeley Squre.
Bridge 2:
When dawn came stealing up all gold and blue
To interrupt our rendezvous,
I still remember how you smiled and said,
"Was that a dream or was it true?"
Our homeward step was just as light
As the tap-dancing feet of Astaire,
And like an echo, far away,
G Em Am7 D7 G Em
A nightingale sang in Berkeley Square.
Coda:
Am7 D7 Dm6 E7
I know 'cause I was there
C C/B Cm D7 G Em Cm Cm7-5 G
That night in Berkeley Square.
Words & Music by Eric Maschwitz & Manning Sherwin
Recorded by Nat "King" Cole, 1943, and also by Tony Bennett, 1992
Da arte de ligar a tevê e desligar
Conheço um cara que se matou na véspera do Natal. Era o tipo do sujeito que poderia ter dado cabo da vida em qualquer época do ano, mas a impressão que ficou entre os amigos é a de que o clima de festa potencializou a sua angústia, sua solidão, sua convicção de que era um monte de bosta inútil no mundo. Por que a gente acha que as coisas vão ser diferentes só porque termina uma contagem de 12 meses e começa outra, logo em seguida? O ser humano complica as coisas. Na verdade, o tempo tem sobre nós -ou deveria ter - a mesma influência que tem sobre os animais. Entra ano, sai ano, as coisas ficam na mesma. Para fugir disso, é preciso que ocorram dentro da gente as grandes mudanças. Mas, falando assim, meu comentário corre o risco de virar uma dessas bobajadas dos livros de auto-ajuda.
Fico pensando na última coisa que passou pela cabeça do cara que se matou. Antes que algum engraçadinho tome a frente, já vou dizendo que não foi uma bala. Ele tomou veneno, ligou a TV num desses canais da Sky, deitou na cama e apagou. Simples assim. É preciso ser um covarde para pedir demissão da vida ou é preciso ter coragem para chutar a banda e partir para uma carreira subsolo?
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Considerações de peso
Fui à crisma da filha de um amigo.
Não acredito que fiz isso, porque a celebração durou mais de duas horas e a temperatura no recinto estava insuportável. Enfim, o que a gente não faz por um amigo? Para enfrentar a maratona, passamos num boteco e tomamos várias cervejas, o que aumentou a transpiração e o calor. Mas estou escrevendo sobre isso porque à minha frente havia um homem de uns 200 quilos, suando a bicas e respirando com enorme dificuldade. Cada movimento seu era uma complicação. Ao afastar uma das patas, o sujeito pisou no pé de uma senhora que se esqueceu por completo do fato de estar em uma igreja e disse coisas impublicáveis para a figura paquidérmica. O homem se desculpou duas ou três vezes, mas a mulher, olhando para o pé esfolado e para o agressor, continuou grasnando feito uma gralha: "Estúpido! Não vê que tem gente atrás? Grosso!".
Durante o resto da celebração, fiquei pensando em como seria o mundo se todos os seus habitantes fossem obesos. Boa parte dos esportes desapareceria. Imagine um gordo fazendo exercícios nas argolas ou dando um duplo salto mortal carpado nos exercícios de solo. Ou então um time de futebol em que o mais magro dos jogadores tivesse o corpinho do Ronaldo... Ri sozinho ao pensar nisso, mas depois me recompus, olhando para o Cristo lá na cruz. Mas voltei a rir ao pensar que o próprio Cristo, se fosse obeso, não teria conseguido caminhar sobre as águas. Provavelmente teria devorado os peixes e os pães, antes do milagre da multiplicação. E ginástica alguma seria suficiente para pendurá-lo no crucifixo...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Leslie Nielsen partiu para uma carreira subsolo
Taí, eu gostava desse cara. No domingo, enquanto eu morrida de preguiça, ele morria de verdade, aos 84 anos, em um hospital de Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida. Teria morrido de complicações devido a uma pneumonia. Era um dos poucos caras que me faziam rir no cinema (acho esse Adam Sandler e vários de sua geração uns chatos, que precisam muitas vezes apelar para o chulo e o grotesco para tentar arrancar uma risada).
Vai fazer falta.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Sinal dos tempos
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Maravilhas da informática
DE VEZ EM QUANDO as empresas de informática lançam no mercado um novo produto que promete melhorar o computador da gente. “Chegou uma atualização para o seu programa de fotografia”, diz o técnico. Algumas dessas atualizações devem ser compradas, outras podem ser feitas pela própria Internet. É de se imaginar porque a natureza não criou essa possibilidade em relação aos seres humanos. Randy Glasbergen, cartunista americano, fez um cartum em que uma senhora chega numa loja e pede ao balconista:
- Preciso de programa de atualização para o meu marido. Um que possa corrigir a sua pronúncia, a sua gramática e, principalmente, as suas opiniões.
QUEM SABE NO FUTURO isso venha a ser possível. A informática aprimorando a dimensão comportamental do ser humano. Nos botecos, a gente ouviria diálogos mais ou menos assim:
- Comprei o Esposa.6, a nova versão de processador que faz as mulheres realizarem seis tarefas simultaneamente, com pacote adicional de aversão a telenovelas e a gastos com cartão de crédito.
- Esse aí já está ultrapassado. Bom mesmo é o Esposa.7, que vem com blindagem de antivírus a Ricardão. Um amigo lá do escritório instalou o Esposa.6 e um hacker entrou no sistema. E pelo jeito entrou no sistema sem camisinha e sem nada...
Culpado
foi mal lhe mal
tratei
como um tratante
mal educado
muito infeliz
pouco elegante
espero que
você me dê
mais uma chance
serei atento
a seu desejo
daqui em diante
Chacal
tratei
como um tratante
mal educado
muito infeliz
pouco elegante
espero que
você me dê
mais uma chance
serei atento
a seu desejo
daqui em diante
Chacal
sábado, 13 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Às vezes dá vergonha de viver no Brasil
É brincadeira o que acontece neste país. Depois do festival de bobagens durante a campanha eleitoral, da eleição com votação recorde do Tiririca, da queda da Erenice com a Dilma passando incólume pelo lodaçal, das 18 obras do PAC com roubalheira comprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), somando um desvio de mais de R$ 2 bilhões (que vai ser agora apurado pelo Michel Temer, presidente da Câmara, e pelo José Sarney, presidente do Senado...), dos R$ 2,5 bilhões de aporte de recursos para salvar o Panamericano, o banco do Sílvio Santos ("Quem quer dinheeeeeeiroooo?"), ainda temos que conviver com o governo elogiando o Enem - esta monumental ode à burrice da burocracia brasiliense.
Um alto funcionário do Ministério da Educação (foto) disse ao nosso enviado especial que um rigoroso relatório sobre as irregularidades da última prova do Enem já está pronto, mas que algumas páginas sumiram e as perguntas e respostas que se salvaram estão invertidas...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Receita de Pescada com Cerveja
Essa receita foi enviada por um leitor abusado. Veja:
Ingredientes:
2 kg de Pescada
1 lata de azeite
2 pimentões
2 dentes de alho
4 cebolas médias
1 kg de tomate
sal a gosto
12 latas de cerveja
1 mulher (Pode ser a sua mesmo)!
Modo de preparo:
Ponha a mulher na cozinha com os ingredientes e feche a porta.
Tome cerveja durante duas horas e depois peça para ser servido.
É uma delícia e quase não dá trabalho!
Dilma ampara lance de estelionato
Para que não digam que é implicância minha, aí vai um artigo muito lúcido assinado pelo insuspeito Elio Gaspari:
Durou exatamente três dias a lorota da redução da carga tributária propagada pelo governo e pela oposição durante a campanha eleitoral. Dilma Rousseff foi eleita no domingo e, na quarta-feira, docemente constrangida, disse que “tenho visto uma mobilização dos governadores” para recriar o imposto do cheque, a falecida CPMF, derrubada pelo Congresso em 2007. Se ela acreditava no que dizia quando pedia votos, anunciaria sua disposição de barrar a criação de um novo imposto. No entanto, disse assim: “Não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas não posso afirmar… Esse país vai ser objeto de um processo de negociação com os governadores.” Quando um repórter insistiu, ela se aborreceu: “Considero que essa pergunta já está respondida”. Quem entendeu a resposta ganha uma viagem a Cuba.
A “mobilização” vem de pelo menos 13 dos 27 governadores, inclusive o tucano Antonio Anastasia. Nenhum deles, nem ela, teve a honestidade de defender a posição durante a campanha. Tentar empurrar a recriação da CPMF como coisa dos governadores é uma ofensa à inteligência do eleitorado que deu 55 milhões à doutora Rousseff. Se ela começa o governo com tamanha passividade, vem coisa pior por aí. É preferível supor que a doutora soubesse da iniciativa, concordando com ela, desde que as cartas rolassem por baixo da mesa.
Dilma aceitou a enganação e perfilhará a ressurreição de um imposto derrubado pelo Congresso. Pior: um imposto em cascata, pois uma transação que envolve cinco cheques será taxada cinco vezes com a alíquota de 0,1%.
O apoio de Anastasia e a bancada do silêncio confirmam que o PSDB é capaz de tudo, menos de fazer oposição. Afinal, a CPMF foi criada e desvirtuada pela ekipekonômica tucana. Em 2007, três governadores do PSDB trabalharam contra sua derrubada. O comissário José Eduardo Dutra assegura: “Todos, eu disse todos, os governadores são a favor da CPMF.” Todos, inclusive Dutra, preferiram o lance de estelionato eleitoral.
Durou exatamente três dias a lorota da redução da carga tributária propagada pelo governo e pela oposição durante a campanha eleitoral. Dilma Rousseff foi eleita no domingo e, na quarta-feira, docemente constrangida, disse que “tenho visto uma mobilização dos governadores” para recriar o imposto do cheque, a falecida CPMF, derrubada pelo Congresso em 2007. Se ela acreditava no que dizia quando pedia votos, anunciaria sua disposição de barrar a criação de um novo imposto. No entanto, disse assim: “Não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas não posso afirmar… Esse país vai ser objeto de um processo de negociação com os governadores.” Quando um repórter insistiu, ela se aborreceu: “Considero que essa pergunta já está respondida”. Quem entendeu a resposta ganha uma viagem a Cuba.
A “mobilização” vem de pelo menos 13 dos 27 governadores, inclusive o tucano Antonio Anastasia. Nenhum deles, nem ela, teve a honestidade de defender a posição durante a campanha. Tentar empurrar a recriação da CPMF como coisa dos governadores é uma ofensa à inteligência do eleitorado que deu 55 milhões à doutora Rousseff. Se ela começa o governo com tamanha passividade, vem coisa pior por aí. É preferível supor que a doutora soubesse da iniciativa, concordando com ela, desde que as cartas rolassem por baixo da mesa.
Dilma aceitou a enganação e perfilhará a ressurreição de um imposto derrubado pelo Congresso. Pior: um imposto em cascata, pois uma transação que envolve cinco cheques será taxada cinco vezes com a alíquota de 0,1%.
O apoio de Anastasia e a bancada do silêncio confirmam que o PSDB é capaz de tudo, menos de fazer oposição. Afinal, a CPMF foi criada e desvirtuada pela ekipekonômica tucana. Em 2007, três governadores do PSDB trabalharam contra sua derrubada. O comissário José Eduardo Dutra assegura: “Todos, eu disse todos, os governadores são a favor da CPMF.” Todos, inclusive Dutra, preferiram o lance de estelionato eleitoral.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Ressaca democrática: Dilma saca a CPMF...
Nem esfriou o cadáver do Serra na trincheira da corrida presidencial e dona Dilma me saca do coldre a CPMF, coisa que havia negado, de pés juntos, que iria mexer. O melhor comentário a respeito eu achei no blog imprensa marrom (http://www.interney.net/blogs/imprensamarrom/). Veja:
DILMA E A VOLTA DA CPMF
Em campanha, Dilma negou a volta do imposto. Em entrevista para a TV Bandeirantes, reiterou a negativa. No dia seguinte, em pronunciamento dúplice (primeiro Lula, depois ela), a coisa mudou significativamente. Foi assim:
Lula falou de uma oposição acirrada que enfrentou no Congresso. Para se ter idéia, APENAS PERDEU NA CPMF (imagine o que seria uma oposição amigável!). Daí, aproveitou para dizer que seria necessária a volta do tributo para melhorar a saúde - sim, aquela que, segundo Dilma em campanha, estava e está uma maravilha.
Chegou a vez da presidente eleita que, perguntada, fugiu com toda sorte de evasivas, chegando a ficar irritada diante da insistência de um repórter. Suas declarações, afinal, foram essas:
"Eu não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF (...) não há uma necessidade premente (...) Mas, do ponto de vista dos governadores, eu estarei atenta às necessidades deles"
É uma situação, no mínimo, engraçada. O que acontece com a saúde brasileira? Está ótima, como disse Dilma em campanha? Está péssima, como alegam os governadores aliados da mesma Dilma até ontem candidata? É necessária a volta do tributo como alega Lula ou não é "premente" como sugere a recém-eleita?
Há receita para a saúde, e isso nos informa até a mais oficial das imprensas a serviço do Governo. Um dos papéis do bom gestor é manejar despesas sem o caminho fácil e óbvio da instituição de tributos, sobretudo quando durante meses ele próprio (ela própria...) disse com todas as letras que tudo estava ótimo.
Talvez não estivesse ótimo. Ou talvez não seja uma gestora assim tão boa. Ou ambas assertivas sejam parcial ou totalmente corretas. Aguardemos.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Coisas pelas quais valeu a pena ter nascido
Are you lonesome tonigth?
(intro) C Dm G C G7
C Em Am
Are you lonesome tonight, do you miss me tonight?
C C7 F
Are you sorry we drifted apart?
G G7
Does your memory stray to a brighter sunny day,
G G7 C
when I kissed you and called you sweetheart?
C7 F
Do the chairs in your parlor seem empty and bare?
D G7
Do you gaze at your doorstep and picture me there?
C Em D
Is your heart filled with pain, shall I come back again?
Dm G7 C - G7
Tell me dear are you lonesome tonight.
C Em Am
I wonder if you are lonesome tonight.
You know someone said that the world is a stage,
C C7
and you must play a part.
F
Fate had me playing in love with you as my sweetheart.
G
Act one was when I met you, I loved you at first glance.
G7 G
You read your line so cleverly and never missed a cue.
G7
Then came act 2, you seemed to change and you acted strange,
C C7
and why I'll never know.
F
Honey, you lied when you said you loved me,
D
and I had no cause to doubt you.
G
But I'd rather go on hearing your lies,
G7 C
than go on living without you.
Em
Now the stage is bare and I'm standing there
D F
with emptiness all around.
G7
And if you won't come back to me,
C G7
then they can bring thecurtain down.
C Em D
Is your heart filled with pain, shall I come back again?
F G7 C
Tell me dear are you lovesome tonight.
A última do papagaio
Pensei que todas as piadas de papagaio tivessem sido varridas do planeta neste terceiro milênio. Mas veja o que um leitor do Paraná nos mandou:
Tinha um papagaio na porta da barbearia. Sempre que a Maria passava por lá ele falava:
- Oi puta!
Ela já farta, um dia queixou-se ao dono da barbearia e ele resolveu dar um
castigo no papagaio. Pintou o bichinho todo de preto. Dois dias depois a Maria passou na porta e o papagaio pintado de preto não disse nada.
Curiosa e rindo muito, ela perguntou pra ele:
- Então, não vai falar nada hoje?
E o papagaio respondeu tranquilamente:
- Quando estou de smoking não falo com puta!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Ok, batata frita. Vocês venceram!
Tudo bem petezada, vocês venceram. Dilma é a grande chefe danação, substituindo o molusco supremo. Aproveito para fazer um pedido público de desculpas, em meu nome e em nome dos mais de 43 milhões de eleitores brasileiros que não tiveram a sensibilidade de compreender a grandeza desse momento para a democracia brasileira:
01. Desculpe, Dilma, por eu não ter acreditado que você tem ampla coragem e capacidade para governar este país sem a influência do José Dirceu, do José Genoíno, e do restante da quadrilha dos 40 ladrões que foram denunciados pelo Ministério Público Federal. Você é capaz, sim senhora. Aliás, desconfio que você é capaz de tudo.
02. Desculpe, Lula, por eu não ter acreditado que você realmente não sabia do mensalão, do dólar na cueca, da Erenice, dos Aloprados e de tantas outras coisas que aconteceram sob seu nariz
03. Desculpe, Judiciário Brasileiro, por eu ter sido mesquinho e demasiado exigente, ao pensar que num País sério um governo como o do Lula, ferido de morte por escândalos como o mensalão, que derrubou ministros e deputados, não chegaria ao fim. Não só chegou, como elegeu sua sucessora. Que burro e insensível eu fui.
04. Desculpe, Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na minha ignorância, cheguei a pensar que um presidente que coloca a máquina pública federal a reboque que uma campanha, por dois anos, como Lula fez para Dilma, pudesse ser punido. Boçal que fui, cheguei a pensar, nos momentos de maior delírio, que uma candidata beneficiada de forma tão escandalosa, pudesse ter a candidatura impugnada. Quanta vergonha da minha ignorância!
05. Perdão, José Serra. Eu te achei um idiota quando demorou para definir sua candidatura. Eu te rotulei como supremo imbecil quando escondeu FHC e as coisas boas daquele governo, como o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Fundef, a privatização da telefonia etc. Eu quis te enfiar um tubo de Baygon nariz adentro quando você trocou seu vice, o Alvaro Dias, pelo Índio da Costa, esse renomado intelectual carioca. Perdão, Serra. Minha inteligência não alcançou a sua. Você só queria nos mostrar como é que se perde uma eleição ganha - e para a adversária que era o sonho de todo concorrente...
06. Perdão, Lula e Dilma, por achar que o Bolsa Família fosse apenas uma imensa máquina de comprar votos. Não, vocês provaram que não é nada disso. Compra de votos era nos governos anteriores. Agora tem o nome pomposo de "inclusão social".
Como sempre procuro ver a coisa pelo lado bom, vamos ver o que há de bom na vitória da Dilma. Ela vai nos divertir adoidado com as bobagens que vai fazer e falar, pois já deu mostras disso nos debates. Vamos deixar de ver o Lula a cada edição do Jornal Nacional. E deve sumir também, por uns bons tempos, a dona Mariza Letícia, com aquele seu visual de festa de folia de reis...
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Chistes de argentinos
A mis hermanos argentinos, como prueba de mi amor y gratitud por todo lo que has hecho por nuestro querido Brasil:
01
¿Cómo se suicida un argentino?
¡Se sube a su ego y luego salta!
02
¿En qué se parece Supermán a un argentino humilde?
En que ninguno de los dos existe.
03
¿Qué es un argentino sin pies, manos, brazos y descerebrado?
Una persona digna de confianza.
04
¿Por qué en Argentina hay tantos casos de sietemesinos?
Porque ni su madre los aguanta nueve meses.
05
Va caminando un argentino en la playa y pisa una plasta de mierda.
Y piensa: "¡Oh. ¡Qué calor! ¡Me estoy derritiendo!"
Virado no bicho
Acredite! Deu o maior rolo aqui na senha da conta do Google.
De repente não consegui acessar mais com a senha antiga. Tive que enviar uma mensagem para o suporte, aguardar o e-mail de volta e fazer um procedimento enrolado para poder ter de volta o acesso. Minha curiosidade: será que alguém aprontou alguma sacanagem, inviabilizando a conta antiga? Talvez um hacker designado pela Nasa, ao descobrir que mensagens cifradas através deste blog podem parar o movimento de rotação da Terra e fazer com que discos do Julio Iglesias comecem a tocar, simultaneamente, em todos os quadrantes do planeta, levando a humanidade a uma espécie de loucura coletiva e desencadeando finalmente o Armagedon?
Menos, Milton, menos...
sábado, 23 de outubro de 2010
Bolinha de papel
A que ponto chegamos. A uma semana das eleições, os dois candidatos, o presidente da República e a grande mídia se engalfinhando por causa de uma... bolinha de papel! Os que são Serra vão dizer que por trás da bolinha está a arrogância, a petulância, a selvageria das milícias do PT. Os que são Dilma vão dizer que Serra faz firula, tenta transformar uma coisa boba num incidente de maiores proporções a fim de conquistar votos. O fato é que devíamos estar analisando as propostas dos dois candidatos para a saúde, a educação, a segurança, o saneamento básico, o meio ambiente etc. Um final de segundo turno melancólico. Seja lá qual for o ganhador, a campanha está sendo marcada por embates que, sinceramente, não merecem mais do que uma sonora salva de... bocejos!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Outra de mineiro
Enviada por leitor (pelo jeito, um arqueólogo, já que se trata de uma piada velha):
TREM CAIPIRA
Uma mulher estava esperando o trem na estação ferroviária de Varginha, quando sentiu uma vontade de ir urgentemente ao banheiro. Foi...
Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a chorar.
Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e perguntou:
- Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
- É que eu fui urinar e o trem partiu....
- Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá, não... Tenho certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem partido...
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Virei a casaca: sou Dilma e Lula!
Enviada por leitor:
Hoje, refletindo sobre o efeito do nada, sobre o porra nenhuma, me dei conta de que o Brasil é o único país do mundo:
a) governado por um alcóolatra que instituiu uma lei seca,
b) um analfabeto que assinou uma reforma ortográfica,
b) tem um filho formado em porra nenhuma, que é o gênio das finanças, e
c) teve a cara de pau de pedir a Deus para dar INTELIGÊNCIA a Barack Obama, que é formado em Harvard.
Depois disso, eu tinha que mudar de lado.Resolvi ficar ao lado de Lula. Que me desculpem os meus amigos e, por favor, não me critiquem, nem mandem e-mails indignados. Antes, reflitam melhor sobre a situação atual.
Tenho certeza que também ficarão ao lado do Lula. Afinal, se eu ficar atrás... ele me caga e se eu ficar na frente... ele me fode! Portanto, a melhor opção é ficar ao lado dele.
Enquanto isso, espero e sonho que tudo volte ao normal no dia em que:
ARRUDA será uma simples plantinha pra espantar mal olhado
GENUINO será algo verdadeiro;
GENRO apenas o marido da filha;
SEVERINO apenas o porteiro do prédio;
FREUD voltará a ser o só criador da Psicanálise;
LORENZETTI será só uma marca de chuveiro;
GREENHALGH voltará a ser um almirante que participou de nossa história;
e Dirceu, Palloci, Delúbio, Silvio Pereira, Berzoini, Gedimar, Valdebran, Bargas, Expedito Veloso, Gushiken, Renan, etc, serão simples... presidiários;
E LULA SEJA APENAS UM FRUTO DO MAR.
Finalmente, quando olho meu titulo de eleitor, velhinho, coitado, sempre usado desde 1985 e vejo o Lula aliado ao Collor e pasmem, na defesa da vida ilibada dos Sarneys, concluo que entendo o verdadeiro significado do
nome 'ZONA ELEITORAL' escrito nele!
Almas penadas
O Brasil é um país de fato surpreendente. Há pouco, vendo o noticiário, me deparei com esta pérola de manchete: "Promotora denuncia caminhoneiro por atropelar duas galinhas no RS". Em seguida, a notícia: O atropelamento de duas galinhas na rodovia RS-480, que liga Erechim a São Valentim, no norte gaúcho, pode custar até um ano de detenção, além de multa, ao caminhoneiro Alexandre Ribeiro do Prado...
Ele foi denunciado nesta terça-feira (19) pela promotora de Justiça Karina Albuquerque Denicol, que encaminhou o caso ao Fórum de São Valentim. Segundo a promotora, que atua na área ambiental, o motorista poderia ter evitado o atropelamento.
Que bom saber que os crimes ambientais encontram-se tão controlados no Brasil que o atropelamento de duas galinhas piolhentas já pode virar coisa hedionda e mobilizar os bravos promotores que atuam no setor!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Nudez mineira
Enviada por leitor:
Dois cumpadre de Uberaba tavam bem sossegadim fumando seus respectivo cigarrim de paia e proseano.
Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta pro outro:
- Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
- No que o outro respondeu:
- Acho bão, sô!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de novo:
- Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
E o outro:
- Uai! É mió nudês do que nunosso, né mesmo?
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Cheek to Cheek - Fred Astaire
Words & Music by Irving Berlin
Recorded by Fred Astaire, 1935 (#1)
From the movie "Top Hat"
D6 Cdim Em7 A7 A7+5 D6 Cdim Em7
Heaven, I'm in Heaven,
A7 D6 A7 Bm7 F#7 B7
And my heart beats so that I can hardly speak;
Edim DM7 Bm F#m C#m7-5 F#7
And I seem to find the hap - pi - ness I seek
B7 G G/F# Em7 A7sus4 A7+5 D
When we're out together dancing, cheek to cheek.
D6 Cdim Em7 A7 A7+5 D6 Cdim Em7
Heaven, I'm in Heaven
A7 D6 A7 Bm7 F#7 B7
And the cares that hang around me thro' the week
Edim DM7 Bm F#m C#m7-5 F#7
Seem to vanish like a gambler's lucky streak
B7 G G/F# Em7 A7sus4 A7+5 D
When we're out together dancing, cheek to cheek.
Bridge:
D7 G A7 D Bm7 G A7 D Bm7
Oh! I love to climb a mountain, and to reach the highest peak,
D7 G A7 D B7 G A7 D
But it doesn't thrill me half as much as dancing cheek to cheek.
D7 G A7 D Bm7 G A7 D Bm7
Oh! I love to go out fishing in a river or a creek,
D7 G A7 D B7 G A7 D
But I don't enjoy it half as much as dancing cheek to cheek.
Dm Bbm
Dance with me -- I want my arm about you;
Fdim A7 Edim Gdim Bm7-5 A7 A7+5
The charm about you will carry me through' to
D6 Cdim Em7 A7 A7+5 D6 Cdim Em7
Heaven, I'm in Heaven,
A7 D6 A7 Bm7 F#7 B7
And my heart beats so that I can hardly speak;
Edim DM7 Bm F#m C#m7-5 F#7
And I seem to find the hap - pi - ness I seek
B7 G G/F# Em7 A7sus4 A7+5 D
When we're out together dancing, cheek to cheek.
Crepúsculo do macho
As pesquisas mostram que um número cada vez maior de mulheres não se sujeita mais ao velho papel de submissão ao marido. Isso tem gerado muitos traumas de relacionamento, pois muitos homens foram educados para mandar em suas esposas. E deve ter reflexos também nesta eleição, polarizada entre um homem e uma mulher.
Ontem, alguém nos contou a história de um homem que, muito dominado pela mulher, procurou um psicólogo. Depois de várias sessões, ele chegou em casa com seu amor próprio restabelecido e, cheio de altivez, disse à mulher:
- Quero meus sapatos engraxados, um par de meias, camisa e cuecas limpas. Vou sair hoje à noite – e sozinho!
A mulher ali, calada, ouvindo tudo atentamente. O homem continuou:
- E sabe quem vai dar o nó na minha gravata e me vestir o terno?
A mulher então rompeu o silêncio:
- Sei. O homem da funerária...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Santa hipocrisia! Onde isso vai parar?
Vi o debate ontem à noite pela Band. Gente, o que foi aquilo? A Dilma entrou com um porrete em cada mão, disposta a fazer voar sangue nas paredes! Muito nervosismo, muita tensão. Ok, ela não podia ficar em silêncio depois de toda a pauleira que acabou provocando o segundo turno, mas será que a estratégia que ensinaram a ela, de dar coice até na sombra, foi mesmo a mais acertada? A agressividade da Dilma no debate reforça a imagem que ela tem, de arrogância e de flerte com o autoritarismo. No mais, tudo descambou para o previsível, até os velhos bordões envolvendo a questão do aborto. De minha parte, me confesso surpreso de ver a velha guerrilheira, a companheira de armas, posando agora de madre de convento, de católica carola... Mais uma das facetas da Dilma, enfim.
Já o Serra, quando sorri, não se parece com o cão chupando manga, mas com o cão cuspindo o caroço da manga. E continua com aquela voz de marmota embalsamada. Teve alguns bons momentos, como na hora em que apertou Dilma sobre o escândalo da Erenice, mas se fez de morto quando questionado sobre seu assessor que sumiu com R$ 4 milhões de campanha. Mostrou, assim, que tem queixo de vidro e é onde a Dilma certamente continuará batendo nos próximos confrontos. A conferir.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Nação Zumbi
NAÇÃO ZUMBI é o que somos. Vagamos de um lado para o outro, indiferentes às grandes sacanagens que aprontam com esse país. E como zumbis que somos – ou estamos nos transformando – não será de se estanhar, no futuro, quando ouvirmos pelas ruas frases desse tipo:
- Querida, não adianta usar Hipogloss no bebê. Ele conseguiu essas assaduras dentro do microondas.
- Quem te deu permissão para vir aqui matar e comer as minhas vítimas?
- Não precisa usar sempre a violência. De vez em quando, formicida no arroz também funciona.
- Lembro quando nós nos conhecemos. Você tinha uma aparência vagamente humana.
- Quando eu me assustei já era tarde demais.
- Amor, coça meu intestino?
Carlos Drummond de Andrade
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
(...)
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?"
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
(...)
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?"
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A hora do espanto II
Tenho estado tão ocupado que tem sobrado pouco tempo para vir aqui.
Embora meio atrasado, quero falar sobre a minha alegria com o fato de a eleição ter um segundo turno. É verdade que o Serra acabou nesta segunda etapa da disputa mais por um lance de sorte do que qualquer outra coisa. Com aquela cara de marmota embalsamada e aquela voz de vilão de filme de terror mexicano, ele tem uma imagem que em nada supera o modelito cabelo-escovado/blusinha-vermelha/cara-de-megera da Dilma, a boneca inflada pelo Lula. Mas Serra tem o traquejo de quem foi deputado, prefeito e governador, deputado federal, senador e ministro. Se não adquiriu experiência com esse currículo, é melhor tomar um copo de Baygon, deitar embaixo da pia e morrer com as perninhas pra cima, como uma barata. E a Dilma? Bem, a Dilma tem a experiência de arrastar o saco do Lula de um lado para o outro. Tudo o que ela fez até agora, em campanha, foi dizer que o governo Lula fez isso, o governo Lula fez aquilo... Por que não fala, com suas idéias próprias, o que vai fazer para melhorar a segurança (se é que alguém que é amigo do cocaineiro Evo Morales e dos narcoguerrilheiros das Farc pode falar sério quando o assunto é segurança). Por que não fala o que vai fazer para avançar o saneamento básico, já que não basta construir postos de saúde e hospitais enquanto metade dos lares do país despejam esgoto a céu aberto? Por que não explica como vai diminuir o tamanho da máquina pública, que o PT fez crescer a proporções paquidermescas?
De resto, é torcer para que a Marina não faça nenhuma lambança nessas alturas do campeonato.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Degustação de vinho em Minas
Enviada por leitor e atribuída a ao Verissimo. Será? Mas que é engraçada, não se discute!
- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo ?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor !! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é ?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Tiririca e Mulher Pera: BBC mostra o Brasil nas eleições
18 September 2010 Last updated at 23:10 GMT
Wacky election candidates reveal problems at heart of Brazil politics
By Maria Luisa Cavalcanti BBC Brasil
"What does a federal deputy do? Truly, I don't know. But vote for me and I will find out for you." This is one of the political slogans of a man who is expected to enter the Brazilian Chamber of Deputies, the lower house of Congress, in the general election on 3 October with the backing of more than a million voters.
If the phrase sounds like some sort of joke, perhaps you will not be surprised to learn that this particular candidate is a professional clown.
Francisco Everardo Oliveira Silva, or Tiririca as he is known, started working in a circus at the age of eight in the impoverished north-eastern state of Ceara, and is now a TV comedian.
Like Tiririca - which means grumpy - dozens of figures from Brazilian sport and showbusiness C-list are fighting for one of the Chamber's 513 seats, alongside experienced politicians, members of longstanding political clans and complete newcomers.
In all there are more than 6,000 candidates from 27 parties.
Another candidate who is predicted to win a landslide victory is the ex-footballer Romario, hero of Brazil's 1994 World Cup victory.
He is running for office representing his home state of Rio de Janeiro and hopes to work to "keep children off crack and other drugs".
"As a kid growing up in a poor community, I got tired of politicians visiting us and promising improvements that never happened. I realised that I have to be the one who get things done," Romario tells the BBC.
Social media impact
While the mainstream media focuses on a presidential run which is probably already defined, with President Lula da Silva's choice Dilma Rousseff way ahead of her opponents in the polls, the "wacky race" for Congress dominates Brazil's blogosphere and social network websites.
Ex-footballer Romario says he will champion the poor Tiririca's videos, for example, have already been viewed by more than 3.5m people on YouTube, and his name remained as one of Twitter's trending topics for a few days.
"In Brazil, all of the candidates are allocated airtime on aerial TV and radio. And when people like Tiririca appear on the screen, they stand out from the 'boring' ones who are actually using their slot to present real proposals", explains Eliane Cantanhede, political correspondent at Folha de S Paulo newspaper.
But a long list of exotic names running for office is not unique to this electoral campaign.
"Brazil has a tradition of voting for these types of characters, either because they make a strong impression on the poorer and less informed voters, or because they attract those wealthy and well-educated people who are fed up with politicians and want to protest", Cantanhede says.
The way the Chamber of Deputies is formed - by an open-list proportional representation system - also feeds the existence of such candidates, analysts say.
Continue reading the main story
BRAZIL ELECTIONS 3 OCTOBER
Presidential first round (second round on 31 October if no candidate gets at least 50% +1 of valid votes)
Governors of all 26 states and the federal district
Representatives of state legislatures
513 federal deputies
Two-thirds (54) of the 81 Senate seats
Brazil election: Candidate profiles
David Fleischer, professor of Political Science at the University of Brasilia, explains: "These people are promoted by their parties in the hope that they will get enough votes to pull some two or three less-voted-for candidates into office."
Some parties are so aware of the efficiency of the system that they even invite the celebrities to run in the elections.
One example is Suellem Rocha, alias Mulher-Pera - "the pear-shaped woman" - a 22-year-old model and dancer who told the BBC she had accepted a proposal from the National Labour Party to try and grab a seat in Brasilia, where she expects to "fight for the young people", as she puts it.
"I am enjoying campaigning in the streets, and the people I meet say they'd rather vote for me than for corrupt candidates. They tell me it is time to bring renovation to the Congress," she says.
'Bad guys'
Corruption is, in fact, one of the words most associated with the body formed by the Senate and the Chamber of Deputies.
Suellem Rocha was invited to stand by the National Labour Party
Research carried out in 2007 by G1.com, a leading Brazilian news website, showed that there had been at least 20 major corruption scandals in the Congress since democracy was restored in Brazil in 1985.
One of the most notorious was the "mensalao" scandal, an alleged cash-for-votes scheme involving Lula's ruling Workers' Party and some of his closest allies, in 2005.
Those accused stepped down or were banned from office, but Lula managed to stay afloat and was re-elected the following year.
"If in the past the Congress was crucial for the opposition to the military regime, today it is just perceived as a place where bad guys go to make money," says Cantanhede.
For the analyst, this is the result of Brazil's failure to keep up with political changes, contrary to what it did in the economic front: "Because of the centralising nature of the Lula administration and because of their lack of interest in promoting an ethical debate, the Brazilian legislative lost its political role."
The body is still responsible for approving or rejecting laws, as well as controlling the executive's budget.
But, as Prof Fleischer explains, the existence of leadership committees, formed by deputies appointed by their parties and allies, allows the president to have considerable power to control the Congressional agenda.
On 3rd October, almost 136m Brazilians will also be choosing state governors, state deputies and senators. Voting is mandatory in the country.
http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-11351808
Neymar, que vergonha!
Vamos ser francos: esse lamentável episódio envolvendo o jogador Neymar e a direção do Santos foi algo pra lá de ridículo. Como no Brasil tudo termina em pizza ou samba, escolhi algumas frases engraçadas, espalhadas pelo Twitter, sobre a questão. Rir pode não ser o melhor remédio, mas pelo menos o alívio é imediato:
"Um dia o Lula apontou o dedo pro Neymar, ai o que aconteceu vcs já sabem..."
"Neymar demitiu hoje o Papa do Vaticano. Segundo Neymar, quem manda nos Santos é ele."
"Neymar Futebol Clube não pode entrar no BBB11. Se entrar e for pro paredão, quem
sai é o Pedro Bial."
"O próximo a ser cortado pelo Neymar é o Chaves... Menino da Vila é só ele... "
"Neymar colocou a 'Super Nanny' no cantinho da disciplina! "
"Se o Neymar fosse do Flamengo, ele ja tinha soltado o Bruno e prendido o delegado!"
"Dilma, pare de achar que já ganhou! Você já perguntou pro Neymar se PODE ganhar as
eleições?"
"Quando pequeno, o Neymar brigou na escola e a diretora chamou os pais dele. Depois
disso, a diretora tomou uma suspensão."
"Certa Vez Neymar , fez avioezinhos de papel , e soltou de sua janela , a data era
11 de Setembro!"
- O mundo acabaria em 2012, mas Neymar decidiu que vai jogar a Copa de 2014, então o
fim do mundo foi adiado.
- O Seu Madruga não atrasa mais um único mês de aluguel, pois o Neymar agora é novo
dono da vila.
- Neymar queria que os Teletubies fossem reais... e assim criou o Restart!
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Por dentro do lucro líquido
CERVEJA não, mas pode ser que em breve o vinho passe a ser recomendado por um número cada vez maior de médicos para determinados problemas de saúde. Uma equipe de pesquisadores da universidade inglesa de Newcastle está fazendo experiência com uma substância encontrada no vinho tinto com 30 pacientes que sofrem de encefalopatia mitocondrial.
Diz que o quadro de voluntários começou com 30, mas já anda pra lá de mil...
POR CONTA dessas novidades, que nos chegam de terras longínquas, já tem gente procurando pelas propriedades terapêuticas da cachaça. Dona Celimar, avó de um amigo nosso, tem mais de 80 anos e diz que a cachaça é um santo remédio. “Não sei dizer direito pra que, mas que é remédio, não se discute”, diz a idosa.
Quando a diabete está atacada, ela faz caipirinha com limão e Adocyl.
Que comeu o coronel?
Colaboração enviada por leitor:
Manchete:
DONO DE LANCHONETE É PRESO POR BATIZAR SANDUÍCHES COM PATENTES MILITARES
Para o dono de uma lanchonete de Penedo, a 170 km de Maceió (AL), tratava-se de uma estratégia de marketing. Mas, para o comandante da Polícia Militar na cidade, era uma ofensa à Corporação. E assim, por batizar os sanduíches da casa com patentes militares, Alberto Lira, 38 de idade, dono da lanchonete Mister Burg, acabou detido por ordem do comandante da PM local. Afinal, entendeu o militar, não ficaria bem alguém chegar na lanchonete e pedir: "quero um coronel mal passado". Ou sair de lá dizendo: "acabei de comer um sargento".
Na delegacia foi lavrado boletim de ocorrência e, face ao tumulto havido, a casa comercial fechou durante algumas horas. Contudo, como o delegado de plantão entendeu que não havia motivo para prisão, Lira foi liberado horas mais tarde. Os cardápios da lanchonete foram recolhidos para avaliação e a casa reaberta em seguida.
Aproveitando-se da inesperada repercussão, a lanchonete quer manter o cardápio, que tanto desagrada à PM. A casa oferece lanches como o "coronel" (que é o filé com presunto), o "comandante" (um prato com calabresa frita), e por aí vai.
A brincadeira foi demais para o parco humor dos policiais militares, que dizem que os nomes dos pratos provocavam chacotas e insinuações contra os policiais, entre os moradores da cidade de Penedo, 60 mil habitantes.
Lira, o dono da lanchonete, diz que não teve, nem tem, nenhuma intenção de brincar ou ofender à Corporação. O cardápio - garante o dono da lanchonete - pretendia ser uma homenagem à hierarquia militar.
O prato mais caro era o "comandante". O comerciante contratou o advogado Francisco Guerra, para entrar com uma denúncia por abuso de autoridade contra o comandante local da PM e uma ação reparatória, por dano moral, contra o Estado de Alagoas.
Nela, vai salientar que não existe nenhum texto legal que impeça um restaurante de incluir, no seu cardápio, "lula à milanesa", "filé a cavalo" ou "coronel mal passado" etc.
O advogado já pediu habeas corpus preventivo, para evitar outra detenção de seu cliente. A peça sustenta que "se o argumento do comandante fosse válido, nenhuma festa de criança poderia ter brigadeiro".
Como se sabe, brigadeiro - além de ser a mais alta patente da Aeronáutica - é também o nome do docinho obrigatório nos aniversários de crianças. "Em Penedo, comer brigadeiro pode, mas comer coronel, está proibido" -ironizam os advogados da cidade.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Cérebro é bom. Todo mundo devia ter um!
Por que será que o povo fica com o cérebro embotado em época de eleição? Agora mesmo encontrei um amigo que é professor universitário, um sujeito que sempre teve pinta e hábito de intelectual. Disse que vai votar na Dilma porque "não se trata de um voto na pessoa, mas numa nova forma de governar olhando sobretudo para a inclusão social". Eu não acreditei. Que a "cumpanherada" do PT use esse tipo de argumento para defender a perpetuação no poder, vá lá. Mas gente que pensa? Tentei lembrar que o Bolsa Família foi a junção de todos os benefícios sociais que já haviam sido concedidos no governo FHC, mas ele objetou. Tentei explicar que o PT não assinou a Constituição de 88, votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra o Plano Real, contra todas as privatizações - inclusive a da telefonia, que abriu o mercado, permitindo que hoje até os carroceiros desfilem pelas ruas com seu aparelho de celular. Mas para todos os argumentos, ele confrontava outros. Disse que o mercado internacional aprova o Lula, que o Brasil atravessou a crise incólume, que o pobre hoje come mais e melhor, que até o Barak Obama acha o Lula o cara. E que para continuar o trabalho do cara, melhor a coroa. É por isso que, salvo um grande incidente de percurso, essa mulher, que nunca recebeu um voto, nem mesmo em eleição de síndico, vai ser guindada à posição de presidente da República.
Por que o povo fica assim tão cego? Por que a gente ouve tantos idiotas, ao longo de todo o mandato, com frases do tipo: "Votei nesse cara e me arrependo até a alma", "Ganhou com o meu voto, mas se arrependimento matasse...", "Não sei onde eu estava com a cabeça quando dei meu voto pra esse cachorro!". É isso: a campanha eleitoral pode ser definida como este período em que a maioria perde o senso do ridículo, a noção do razoável, a percepção ainda que mínima do aceitável. Está aí o Tiririca que não me deixa mentir!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Lavoisier: tudo se transforma
Em filosofia, materialismo é o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria. Se não tem matéria, não existe. Assim, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais. A matéria é a única substância.
No dia a dia, o materialismo e os materialistas têm uma visão, digamos, mais pragmática das coisas. Matéria se relaciona com matéria. Matéria compensa matéria. Vai assim, nesse batidão, desde os princípios mais comezinhos da arte de comerciar, até a lei de Lavoisier, de que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Quanto de ideal e de material existe, por exemplo, numa declaração de amor? Certo, isso já é assunto para outra matéria...
Fiso Folia
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Parem de implicar com os caras!
Gente, chega de tirar sarro na torcida do São Paulo! O que chega de e-mail aqui nesta linha é brincadeira. E olha que sou palmeirense, portanto nada tenho a ver com as eventuais elucubrações satírico-futebolísticas de cunho pejorativamente sexual para cima dos amantes do tricolor paulista. Só postei essa foto porque achei deveras engraçada...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Brinquedo sério - Alice Ruiz
Eu só brinco
quando é muito sério é muito sério
ser o teu brinquedo
Não tem mistério
não tem segredo
quando a gente brinca
quando a coisa é séria
quando o teu limite
é tão perfeito
quando ser brinquedo
pode ser tão sério
Pode haver um dia
em que a poesia
mude de endereço
deixe apenas tédio
mas enquanto isso
vem brincar comigo
vamos até onde
possa ser só riso
possa ir tão longe
possa ser tão lindo
pode ser brinquedo
pode ser tão sério
Vocês que sabem...
Resolvi que vou votar contra essa bosta dessa Dilma. Porque estou de saco cheio desses escândalos protagonizados pelo governo petista, porque estou de saco cheio de ver a impunidade, a desfaçatez, a arrogância e um monte de coisas negativas nesse governo. Além disso, estou convencido de que essa mulher é uma incompetente, um coelho que o Lula tirou da cartola para continuar o projeto político petista de ficar no poder por pelo menos uns 30 anos. O mesmo PT que se recusou a assinar a Constituição de 88, que votou contra o Plano Real, que votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que foi contra todos os governos e que emudeceu diante da bandalheira dos mensalões e dólares na cueca da vida. Agora mesmo, essa queda da Erenice mostra as entranhas podres da máquina pública federal, com todos os seus horrores, mas a plebe ignara caminha cega em direção às urnas para homologar o nome ungido pelo molusco supremo.
Vão vocês, que são mais politizados que eu, sacramentar o nome da Dilma nas urnas. Eu vejo nela uma pessoa despreparada, com viés autoritário, capaz de fazer o nível médio de merda subir a patamares alarmantes. Vou de Serra. Quem governou São Paulo está preparado para presidir qualquer país. Tenho dito!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Dieta do Abacaxi
Tem várias versões, sendo que na mais radical, e também mais desaconselhada, a pessoa ingere somente abacaxi por um período de tempo. Isso pode causar emagrecimento, não só porque a pessoa ingere menos calorias do que queima, mas também pela perda de massa muscular. Há ainda uma versão mais eficiente: a da pessoa que tem tanto “abacaxi” na vida quem nem tem tempo de se alimentar direito. A dieta do abacaxi pode ser combinada com outras, como a do limão, por exemplo. A pessoa almoça ou janta abacaxi e chupa limão de sobremesa.
Shit happens
Faz vários dias que eu não venho aqui para fazer qualquer comentário. Isso se deve ao fato de uma viagem, uma briga e um enguiço nessa ferramenta do blogspot. A viagem foi a trabalho, a briga foi com a Renata Halls, que insiste em me deletar da vida dela, e o enguiço eu não sei explicar. Sei que a página me aparecia sem o espaço para digitar login e senha. Arrumou sozinho, de uma hora para outra. Espero que aconteça o mesmo com os demais problemas.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Fiso folia
Pelos padrões do Brasil, qualquer sujeito que pega um revólver e sai assaltando já pode ser considerado suficientemente politizado...
Louco, mas nem tanto...
Essa piada foi enviada por um leitor. Confesso que ri muito, na madrugada, e resolvi compartilhar com vocês. Lá vai:
Havia um rapaz cujo irmão era meio tantã. Certo dia, ele estava se arrumando para sair com a namorada,quando o irmão tantã pergunta:
- On cê vai?
- Vou sair com minha garota.
- Vô cocê!
- Não vai comigo, não!
E a mãe, com aquele enorme zelo pelo filho doente:
- Vai levar o seu irmão sim, ele é diferente e precisa de atenção!
O irmão levou-o para o encontro. Chegando lá, conversa vai, conversa vem, ele começa a beijar a namorada quando o irmãozinho diz:
- Qué também!
- Quer o quê? Beijar minha namorada? Nem pensar!
E a moça, com pena:
- Não tem problema amor, é só um beijinho, ele é doente.
E o louquinho lasca um beijo na namorada do irmão.
No outro dia:
- On cê vai?
- Dar uma volta com minha namorada...
- Vô cocê!
- Não, hoje não!
E a mãe:
- Ah, meu filho, leva seu irmão, ele é doente...
Então o irmão, impaciente, leva o outro de novo. No meio da bagunça, o louco vê seu irmão bolinando os seios da namorada.
- Qué fazê isso também!
- Nem pensar! Não, não e não!!!
E a namorada:
- Só um pouquinho, meu bem, ele é doentinho...
E o louco mete as mãos no seio da moça. No outro dia, enfurecido, o irmão se arruma para sair com a namorada,quando:
- On cê vai?
- Vou dar a bunda!
- Demora não, tá?!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Serra ou Dilma?
Devíamos estar comemorando a eleição iminente da Dilma para a presidência da República. Uma mulher chegando ao cargo máximo do poder público no Brasil, depois de mais de 500 anos de mando masculino. Quem sabe um olhar feminino, já testado no Chile, na Argentina, na Inglaterra e sei lá quantos outros países, não acabe fazendo bem também para o Brasil?
Pessoalmente, não estou feliz com essa perspectiva. Não vejo na Dilma as qualidades para a envergadura do cargo. Eu sei que dirão que ela é mais estudada que o Lula, mas o fato é que o Lula "se fez" como líder, a partir do movimento sindical. É o tal "intelectual orgânico", o que quer que isso signifique em se tratando de Lula e do Brasil. A Dilma só tem atrás de si o fato de ter sido o nome escolhido pelo presidente para sucedê-lo. Se for medíocre - e temos razões de sobra para crer que o seja - será um fantoche nas mãos de Lula e do PT. Se tiver vôo próprio, poderá levar o governo e o País para onde ninguém sabe.
Pior que isso, só ver um sujeito com o perfil do Serra protagonizando uma das campanhas mais desastradas de toda a história republicana. Demorou para se definir como candidato, depois ficou esperando o Aécio como vice, que não veio. Chamou o Álvaro Dias, que acabou defenestrado em favor desse tal Índio, figura inexpressiva na política nacional. Para enterrar de vez, seus marqueteiros me aparecem com essa de que depois do Silva quem vai governar é o Zé. Que Zé? O homem é conhecido como Serra, deus idiotas!
Os marqueteiros do Serra são a prova de que a anencefalia nem sempre é uma doença mortal.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Sete contos de mentiroso
Eu gostava de ler Fausto Wolff nos bons tempos do Pasquim. Ele parecia fazer o tipo do injustiçado, do amargurado, do cara que está disposto a enfiar o pé no mundo. mas esse era o jeito dele mesmo. Com um detalhe relevante: sabia escrever como poucos. Nada que se compare aos iconoclastas fajutos de hoje, como esse, com o perdão da palavra, Diogo Mainardi... Recomendo "O dia em que comeram o ministro" como saborosa mostra da sua lavra. Também foi tradutor de mão cheia. Em tempo: foi duas vezes candidato a deputado federal pelo PDT e perdeu. Deve ser por isso que só viria a morrer em agosto de 2008. Se tivesse ido para o Congresso, certamente teria morrido antes. De tédio.
Selecionei esse texto, que gosto muito.
1 - Não há nada mais terrível que a palavra extinção. Para quem acredita em ressurreição ela é pior que a morte. Extinção significa nunca mais. Houve várias extinções quase totais na terra. Delas sobreviveram os mais aptos. A primeira teria ocorrido entre 600 e 500 milhões de anos (o que é isso para os paleontólogos?) Naquela época viviam na Câmbria, hoje conhecida como País de Gales uns animais chamados Trilobitas embora não soubessem que assim se chamavam. Como seus fósseis foram encontrados por lá, esta extinção passou a para a Ciência como Era Câmbria. Os Trilobitas eram a forma de vida, a dominante. Parentes distantes, naturalmente, dos modernos caranguejos, tinham entre dez centímetros e um metro e meio. Estamos falando da Era Paleozóica (palaios=velho + zoon= animal). É claro que entre 4 a 3 bilhões e meio de anos (o que é isso para os paleontólogos?) já havia vida na terra. Coisinhas nojentas como organismos multifacetados de bactérias, algas verdes, vírus e protozoários mas ninguém ainda encontrou um fóssil de um bicho desses que não fosse logo descartado como cocô de pulga. Perto do fim dos tempos Cambrianos, cinqüenta por cento da vida na terra havia desaparecido e entre eles muitos tipos de Trilobitas.
Os fósseis encontrados no País de Gales em 1835 revelam que a Terra era pululada por ascendentes de esponjas, medusas, estrelas do mar, vermes, mariscos e caranguejos. Alguns sobreviveram e são comidos até hoje, outros não.. Os que desenvolveram conchas, conseguiram se proteger dos predadores mas os Trilobitas – cujo nome quer dizer três lóbulos - que durante milhões de anos não tiveram um inimigo natural, não souberam se proteger. Viviam em mares profundos barrentos e aparentemente nem antes nem depois, em toda a história da terra, nenhuma criatura teve um olho tão eficaz. Os Trilobitas não foram extintos abruptamente. Reinaram durante milhões de anos e se não houvessem sido extintos os oceanos hoje em dia seriam muito diferentes. Quando os peixes apareceram quase não havia mais Trilobitas. Deduz-se, portanto, que foram deglutidos juntamente com seus ovos, por criaturas bem mais ágeis que também desapareceram. Os Trilobitas tentaram se defender. Tentaram se adaptar criando protuberâncias e excrescências que mais os atrapalhavam que protegiam. No final, morriam mais do que nasciam até o dia em que não nasceu mais nenhum. Posso lhes garantir que o mais estúpido dos seres vivos – o homem – que mata por prazer – não teve nada com a extinção dos Trilobitas.
2 - O homem desce do taxi e abre o portão que dá para um jardim abandonado. O homem observa tudo com muito cuidado. As árvores, as plantas, os arbustos e as milhares de ervas daninhas. Finalmente chega a uma árvore podre;. Sobre ela está uma casinha de brinquedo que cai no chão e se desmancha em pó. Sobre o pó caem algumas lágrimas do homem. As lágrimas da infância não são mais visíveis no pó mas pesam tanto dentro do homem que ele cai sobre a casinha que um dia, pensou, poderia protegê-lo para sempre.
3 - Nilton Fernandes, carioca da Penha, cobria para a UPI o campeonato de xadrez em Reykjavik, Islândia e disputado por Spasski e Fischer em 1972. Depois de uma partida, um colega italiano apresentou-o ao jornalista Erik Ulfson que adorava o Brasil e convidou-o a jantar na sua casa. Depois do jantar, Erik que era casado, tinha mulher e dois filhos pequenos, convidou-o para tomar uma sauna.
Nilton disse-lhe que não trouxera calção de banho e o casal riu muito. Alguns minutos depois, Erik, mulher e filhos já estavam pelados. Nilton também ficou nu e acomodou-se num canto da sauna rezando para que a parte mais indiscreta do seu todo não cometesse nenhuma indiscrição, pois a mulher de Erik era uma daquelas Valquírias que deixariam Wagner muito excitado. Depois da sauna, ainda nus, insistiram para que o jornalista brasileiro bebesse mas ele retirou-se na primeira oportunidade.
No dia seguinte encontrou o jornalista italiano:
- Falei com Erik e ele me disse que sua mulher estava a fim de trepar contigo e que você se arrancou.
- Mas ele não gosta dela?
- Os dois se amam mas o que isso tem a ver com o sexo?
- perguntou o italiano que já vivia há muito tempo na Islândia.
Alguns anos depois Erik tentou se matar após encontrar a mulher na cama com um sujeito a quem ele não dera permissão para ela transar. Um mexicano, por sinal.
4 - Os dois homens – um de seus sessenta e o outro de seus quarenta anos – discutiam amigavelmente na sauna.
- Sinto muito mas você fracassou e este fracasso foi decisivo para a queda dos estados helenos – disse o mais velho.
- Sinto muito – respondeu o mais jovem – mas você não foi testemunha ocular da guerra do Peloponeso. Se sabe alguma coisa é sobre a guerra contra os persas.
- Sinto muito mas na minha opinião você escreve ficção, Eu pesquiso.
- Podes até pesquisar, mas sempre te esqueces de citar o velho Hecateus, de Mileto em cuja sabedoria muito bebeste..
- Sou grato a Hecateus e se não o cito é porque sua obra é por demais conhecida.
- Podes dizer o que quiseres, velho, mas meu nome será reverenciado como pai da Pesquisa.
- E eu serei reverenciado como pai da História.
Neste momento, Sócrates entrou na sauna acompanhado de um bando de jovens e de passagem disse aos dois:
- Heródoto, Tucídides, não briguem. Pesquisa quer dizer História e História quer dizer Pesquisa.
À esta altura, dirá o leitor:
- Sinto muito, Fausto Wolff, mas quando Platão nasceu Heródoto e Tucídides já haviam batido as sandálias.
E eu digo ao leitor:
- Se não há coerência entre os fatos, pior para os fatos como vociferou Nelson Rodrigues em tarde inspirada.
5 - Numa bela tarde de maio de 1845, o menino Leopold, filho do chefe de polícia da cidade austríaca de Lemberg, brinca dentro do armário entre os casacos de pele. Neste momento entra no quarto a sua tia Zenóbia com o amante. Em menos de cinco minutos, ela tira o sobretudo, o casaco, o pulôver, a blusa, o soutien, a saia, as doze anáguas, as meias, as ligas, os sapatos, o espartilho e as calcinhas que recém haviam sido inventadas. Em meio ao ato sexual que se seguiu, Zenóbia nota que o sobrinho de nove anos espiava pela fresta do armário. Interrompe a sacanagem, chama o menino, tira-lhe as calças e aplica-lhe trinta cintadas no popô. Sem o saber, Zenóbia, dona de um belo par de coxas macias, ao aplicar o corretivo no garoto que se chamava Leopold von Sacher-Masoch, havia inventado o masoquismo. O menino cresceu extraindo prazer da dor e das humilhações. Adorava ser corneado. Casou-se várias vezes e teve três filhos, aparentemente seus, para sua tristeza.
Um dos filhos de Masoch teria dito um dia à sua irmã:
- Trouxe o boletim e só recebi notas péssimas.
E a menina:
- Melhor não mostrar ao papai senão ele vai te obrigar a bater nele.
6 - Se há uma hora em que deixo a condição de agnóstico para transformar-me em deísta, é dentro de um avião e como vocês que me lêem não sabem, neste momento ando viajando pela Europa. Viajando entre Copenhague e Roma, acabado o primeiro litro de uísque e o “Pai nosso que estás no Céu” continuei pensando em Deus. No momento pré-apocalíptico que vivemos surgiu um novo bum de Deus, este mesmo que a ciência julgou ter matado quando Darwin enfiou o último prego no seu caixão. Não sei se todos esperam o mesmo Deus mas há fome de deus entre os mortos de fome, o que restou da classe média e até mesmo entre os ricos, os intelectuais e os cientistas. O deus que todos esperam deve ser sobrenatural e vir de outro mundo. A angústia e o vazio existenciais, a flor e o átomo, não são mais suficientes. O pessoal quer apertar a mão de Deus e bater um papinho com ele. A própria classe dominante, eterna masturbadora do falo do poder, está cansada de morder o próprio rabo neoliberal. Quer meter Deus entre o rabo e a boca. Dizem, por exemplo, que a rainha da Dinamarca está convencida de que fala com Deus.
7 - Há milhões de histórias na cabeça do contador de histórias. Parece, entretanto, que um cineasta louco filmou-as ou em terrível câmara lenta ou com uma câmara de nuclear velocidade. Elas se embaralham, se confundem, não fazem sentido. O contador de histórias sabe que precisa dar-lhes uma ordem não só crono como psicológica para que seus leitores se comovam, se divirtam e ocasionalmente, como ele, pensem. Os pensamentos doem e ele imagina como sua vida seria boa se não precisasse escrever; se conhecesse outra profissão que lhe permitisse viver com uma dignidade talvez até mesmo maior? Mas estava velho e tinha medo. Como era mesmo o nome daquele bar? O que diziam as pessoas? Quem era aquela moça ao fundo, tão jovem, tão dolorosamente linda, que acenava para ele que também era jovem e agora – espectador e protagonista - não podia enxergar com a nitidez dos ideais do passado? Voltou para casa e escreveu: “Há milhões de histórias na cabeça do contador de histórias...” Sentiu que havia alguma coisa de profundamente errado naquilo tudo mas não conseguia descobrir o que era, o que fora, por que todos aqueles porquesins indecifráveis esperando na noturna fila assimétrica.
8 - Esta história quem me contou foi B.Traven, um grande artista e um melhor ser humano, pois, em verdade, ninguém sabe quem foi ele, exceto eu.
No princípio do século XX um turista americano que visitava as florestas mexicanas, dispersou-se do grupo e acabou encontrando uma tribo de índios que tivera pouquíssimo contato com os bárbaros europeus. Entre os índios, o turista descobriu um que era exímio artesão. Fazia um cestos maravilhosos, dignos de figurar em qualquer museu artístico do mundo. Algo, realmente, de uma beleza inenarrável como a triste alegria de um por de sol ou uma gota de orvalho refletindo o mundo. O turista comprou um cestinho por um peso e os índios o reconduziram até sua caravana. Em Nova York, a peça artesanal foi tão elogiada que o homem decidiu voltar à aldeia indígena no México e iniciar uma produção em larga escala. Dirigiu-se ao velho artesão e perguntou-lhe quanto custava um cesto. O índio:
- Um peso.
- E dois?
- Três pesos.
O homem não entendeu a lógica e continuou.
- E cinco?
- Cinqüenta pesos.
Por mais que o gringo tentasse explicar-lhe que o preço deveria diminuir na medida em que a produção aumentava, não conseguia fazer o índio mudar de idéia. Finalmente, o cesteiro lhe disse:
- Se eu vender um cesto por dia a um peso, ainda tenho tempo para me divertir, tomar mescal, pescar e fazer amor. Se vender dois, será mais difícil, se vender três, terei uma vida triste e se vender cinco não terei tempo para mais nada.< br> - Mas você pode fazer os outros trabalharem para você.
- Estás louco, gringo? Eles me matam.
O turista começou a gritar, a vociferar, ameaçar, tremer, a babar, a fazer tal escândalo que tiveram de prendê-lo na esperança de que se acalmasse. Como não se acalmou, deram-lhe tanta mescalina que ele enlouqueceu. Acabou morrendo entre os nativos como o “bobo da aldeia.” Mais tarde outros americanos, como vocês bem sabem, apareceram por lá e abaixo de pau acabaram por convencer os índios que o capitalismo não é uma loucura.
PS - Velho quando começa a babar e volta e meia tem de correr até o banheiro para não fazer pipi nas calças, enfim, um velho como eu, não é companhia muito procurada. De quando em vez, porém, recebe alguns presentes como o que recebi do Edu Goldenberg que com seu irmão é dono do Estephaniu’s, bar da rua dos Artistas, 130 na fronteira da Aldeia Campista com Tijuca e Vila Isabel. Eles me convidaram para assinar meus livros, principalmente, o Gaiteiro Velho. Foi uma festa muito bonita. Deu até no Ancelmo Góes e creio que por isso mesmo até o Nataniel Jebão compareceu, logo ele que não atravessava o Túnel Novo há mais de cinqüenta anos. Muito obrigado de todo o coração ao Edu, à Dani sua mulher, à dona Maria sua mãe e à dona Mathilde sua avó e excelente crooner. Muito obrigado ainda ao meu guru Aldir Blanc que compareceu com seu conjunto Torresmos e Moelas absolutamente imbatível para quem gosta de música e não desses ruídos que se ouve no rádio e na TV. Alguém aí está reclamando porque publiquei oito histórias e o título fala em sete? Isso é porque sete é conta de mentiroso.
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