terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A maior catástrofe é a burrice



Brasileiro gosta de macaquear os gringos em tudo. Por isso usamos jeans, mascamos chicletes e cantamos músicas da Lady Gaga e dos Rolling Stones. Mas a gente também devia imitar os gringos naquilo que eles têm de bom, como serviços públicos que realmente funcionam, como saúde e segurança pública. E justiça, claro. Em Paris, em 2001, numa volta de barco pelo Rio Sena, com amigos, fiquei me perguntando por que em São Paulo se gasta tanto dinheiro para despoluir e desassorear o Tietê e ele continua sendo, literalmente, um rio de bosta. Por que conseguiram despoluir o Tâmisa, na Inglaterra, a ponto de o rio ter hoje mais de 120 espécies de peixe e voltar a ser navegado por turistas, remadores e velejadores?
Da mesma forma, nesses países o Ministério do Planejamento PLA-NE-JA! É preciso planejar o futuro pensando nas coisas boas, como a aplicação da riqueza, e nas coisas ruins, como as tragédias trazidas todos os anos pelas chuvas. É uma coisa cíclica, natural, que vai acontecer de novo. Por que só depois de 500 anos alguém teve a idéia de pensar num fundo de catástrofe? Porque a maior catástrofe de todas é a suprema estupidez dos governantes. E, obviamente, de uma sociedade que ainda não atingiu um nível de desenvolvimento capaz de eleger, mas não de fiscalizar, de cobrar e, se necessário, punir. Contra a catástrofe maior, que é a estupidez oficial, infelizmente, não parece haver qualquer sistema de segurança.
Salve-se quem puder!

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Golpes baixos terão resposta à altura.