Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Cantada de pobre
OS TEMPOS MUDARAM. Por conseqüência, não há por que estranhar que as cantadas também tenham mudado. Antigamente, o galanteio era uma arte. Hoje, do jeito que vai, não passa de um exercício de cinismo. Pior: aqueles que ainda teimam em apresentar um lado romântico são os chatos, os fora de moda. Ou não?
CANTADA ESTRANHA, que ouvimos de um sujeito já passado dos 50 anos, para uma moça que mal chegou aos 20:
- Tecnicamente, ter um caso comigo aproxima-se muito de um ato de caridade.
NUM MUNDO em que as coisas acontecem em ritmo alucinante, é compreensível que os casais também queimem etapas, passando rapidamente dos cumprimentos ao que interessa. Hoje em dia, “formalidades introdutórias” passaram a ter outro sentido, se é que me entendem. Um amigo, que já havia tomado várias doses de uísque numa festa, mostrou o que é sutileza em matéria de abordagem direta, quando se trata de levar alguém para a cama. A certa altura, chegou perto da moça e perguntou:
- Como é que você gosta do seu café da manhã?
TODA CANTADA tem como objetivo a gozação (não sei se fui suficientemente claro). Alguns caras têm a petulância de cantar as moças simplesmente para zoar com suas delicadas fuças. Veja esse exemplo, que alguém jura ter ouvido numa festa em Apucarana. O rapaz chega numa rodinha, é apresentado para a moça e pergunta, em alto e bom som:
- É verdade que você é uma verdadeira tiranossaura sexual?
É PRECISO ADMITIR que alguns homens, além da cara-de-pau, têm criatividade. Diz que um rapaz nutriu amor platônico durante anos por uma colega de classe. Ela, claro, nem aí. Algum tempo depois, a moça arranjou seu primeiro namorado. Fogaréu total. Mas como veio rápido, também rápido se foi e ela voltou a ficar sozinha. Um dia, numa festa de amigos, ela e o ex-pretendente, o pobre amante platônico, voltaram a se encontrar. Como ele havia tomado umas doses a mais, chamou a moça num canto, olhou para um lado, olhou para o outro e disse, meio sem jeito:
- Já que você perdeu a sua virgindade, por que não me entrega hoje pelo menos a caixa em que ela veio guardada?
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Quash, quash, quash...
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