Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
A lentidão do processo
TODO MUNDO reclama da lentidão da Justiça. Quem é que já não foi vítima desse problema? Um leitor de Ivaiporã nos envia essa interessante história, que deve servir como tema para reflexão sobre o assunto:
Ao transitar pelos corredores do fórum, aquele advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório, lia-se: “Esselentíssimo Juiz”.
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou:
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?
Então explicou o catedrático:
- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer: “Esse lentíssimo juiz”.
Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz" sem antes perguntar:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?
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Legal, vou reproduzir no próximo informativo da ordem. Citando a fonte, claro.
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