Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
O Senhor das Moscas
Cheguei em casa ontem, no final da tarde, e tive um susto: um monte de moscas na lavanderia. Quando digo um monte, não estou exagerando. Parecia uma mancha preta, colada no vidro. Na hora, me lembrei dos filmes de terror. Depois me ocorreu que a diarista poderia ter deixado alguma cueca minha ou algum par de meias sem lavar. Não que minhas cuecas e meias estejam em situação tão deplorável, mas tentei ser racional diante daquela cena estranha.
Mosca é bicho podre, nojento. Agora, escrevendo isso, eu também me lembro do filme "O Senhor das Moscas" (Lord of the Flies), livro de William Golding publicado em 1954 e que deveria ser leitura obrigatória para quem pretende entender por que as pessoas se tornam egoístas e perversas na disputa pelo poder. Deu dois filmes também, mas ambos de qualidade discutível.
Moscas nos remetem também a Belzebu. O Senhor das Moscas é uma de suas muitas alcunhas - daí, certamente, o uso do nome feito por Golding para mostrar como o mal que há em todos nós influencia um grupo de crianças isoladas numa ilha. É preciso exorcizar os demônios da forma mais prática possível. No meu caso, despachei as moscas com uma boa borrifada de inseticida e fui ver os jornais do dia. Confesso, porém, que é preciso mais estômago para ver as manchetes políticas do que para lidar com as criaturas do inferno.
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Golpes baixos terão resposta à altura.