O TRAUMA DE PERDER um animalzinho de estimação é duro para toda a família. Foi o que aconteceu na semana passada com o nosso cãozinho o Nick, um schnauzer irrequieto, que não perdia oportunidade de sumir do quintal e bater perna pela rua. Numa dessas, levou a pior: pegou pela frente um cachorro preto, grandalhão, que o reduziu a pó de traque. Para desespero das crianças. E desespero meu, que ainda não tive coragem de ver a conta no veterinário. Para piorar, nesta semana as crianças fizeram com que os avós as levassem a Londrina, de onde voltaram com outro filhote. Agora é um maltês, que custou o suficiente para arruinar as finanças da casa até meados do segundo semestre. Chego em casa à noite e meu filho Pedro, de oito anos, vem correndo me encontrar à saída do carro. O cãozinho se parece mais com uma pelota de algodão doce.
- Papai, papai, você aprova o Billy?
Respondo que, pelo preço pago, o melhor mesmo é perguntar ao Billy se ele me aprova.
À SEMELHANÇA do animal, que tem seu lugar para fazer as necessidades, a gente devia olhar para certas pessoas e pedir, com voz enérgica:
- Por favor, nunca, mas nunca mesmo, pense fora da caixa de areia.
UM AMIGO, EM VIAGEM durante três meses, ligou para casa e conversou durante alguns minutos com a esposa. A certa altura, saiu-se com esta:
- Tá bom! Tá bom! Eu também estou morrendo de saudades, querida. Mas agora coloca o cachorro na linha, por favor.
CONHEÇO UMA GAROTA tão apaixonada por cães que eu já não tenho a menor dúvida: no dia em que se casar, ela vai dormir abraçada ao cachorro e pôr o marido para dormir nos pés.
ESSA TAMBÉM aconteceu de verdade. A avó de um amigo nosso disse ao marido, em tom de zombaria, durante uma reunião familiar:
- Se eu morrer primeiro, gostaria que você se casasse de novo. Se você morrer primeiro, eu arrumo um cachorro...
Milton, adoro ler as suas coisas. Parabéns! Continue com atualizações diárias.
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