Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Sapo Barbudo
A história muda de forma radical a posição das pessoas. Mudanças que ocorrem por forças históricas, imposições do meio ou, simplesmente, por conveniência. Quem viu Lula e Collor se agredindo no passado, por exemplo, deve ter estranhado quando os dois se encontraram, em tom amável, no Palácio do Planalto, um como senador, outro como presidente reeleito.
Collor, ex-caçador de marajás, saiu do poder reduzido a nitrato de pó de bosta. Refez a sua caminhada e conseguiu uma cadeira no Senado. E apoiando quem para presidente? Isso mesmo, o “Sapo Barbudo”. O mesmo Lula que, na sua opinião, não sabia a diferença entre uma fatura e uma duplicata. Quem mudou nesses anos? Lula? Collor? Os dois? Nenhum?
O tema nos lembra a anedota sobre perseguição que teria ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. Quando os alemães invadiram a Polônia, foi, como se sabe, um banho de sangue. Diz que um dia um jovem soldado alemão caminhava entre os escombros de uma cidade polonesa, quando viu que alguém se movia do outro lado da rua. Era um jovem polonês que, surpreendido, parou de caminhar e ficou imóvel, feito uma estátua. O alemão, num ato reflexo, apontou a metralhadora para o outro e começou a caminhar em sua direção. O polonês não teve dúvida: correu o mais rápido que conseguiu. O soldado alemão foi atrás.
Foi uma perseguição implacável. O jovem alemão pulava montes de pedra e ferros retorcidos, o soldado alemão no seu encalço. O jovem polonês entrava por uma porta e saía por uma janela, o soldado alemão atrás. A certa altura, o polonês saiu por uma porta e viu-se num beco sem saída. O soldado alemão partiu para cima dele, de arma em punho. Quando o pior estava para acontecer, ouviu-se uma voz saindo do céu, forte como um trovão:
- Vocês dois, parem já com isso! Estão loucos? Eu tenho planos para os dois no futuro!
O polonês, ainda trêmulo, olhou para o céu e perguntou:
- O que eu vou ser no futuro?
E a voz:
- Você vai ser Papa!
Ao ouvir aquilo, o alemão também ficou curioso:
- E eu? O que eu vou ser?
E a voz:
- Você vai ser o sucessor dele...
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Golpes baixos terão resposta à altura.