sábado, 5 de setembro de 2009

Como eu pretendo passar o feriadão...


Independência é você poder mandar todo mundo tomar no centro do núcleo do miolo do cu e definir como quer a sua agenda. Nada de planos para o futuro, nada de subordinação a patrão ou aos mandões do dia-a-dia. Quando se tem a verdadeira percepção da condição humana - ou seja, de que tudo é frágil, é breve, é passageiro e caminha inexoravelmente para o fim - o negócio é viver de forma plena. Viver a família, os amigos, os livros, os filmes, a cachaça...
Ontem à noite, numa festa, uma senhora me surpreendeu: "Estamos todos correndo atrás do vento", disse ela. Professora aposentada, disse que agora sua felicidade é ler os livros de Sartre. O inferno são os outros, eu diria. Cada um correndo atrás do vento na ilusão de que quando pegá-lo será verdadeiramente feliz.
"Era feito aquela gente honesta boa e comovida/ Que tem no fim da tarde a sensação da missão cumprida". É do Belchior, que sumiu, deixando para trás um monte de interrogações. Correndo atrás do vento ou com ele?

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Golpes baixos terão resposta à altura.