segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Do jeito que o diabo gosta


ESSA ONDA de desemprego que varre o mundo poderia ser amenizada se algumas profissões antigas fossem reabilitadas. Quer um exemplo? A profissão de exorcista. Faz muita falta sim, senhor. Nesses tempos em que há tanta gente endiabrada, o oficial repelente de espíritos imundos seria mão-de-obra especializada e com largo emprego.

QUEM VIU “O Exorcista” deve estar pensando nos riscos que um ritual traz à saúde. O diabo costuma gritar com quem comanda o exorcismo. É malcriado, fala palavrão. Logo, exorcistas com problemas de audição podem pedir indenização ao empregador – no caso, o Vaticano. E o que dizer daqueles jatos de vômito de quem está possuído? Exorcista tem que receber adicional por insalubridade e por serviço noturno.

NÃO RESTA dúvida de que a profissão de exorcista tem algumas vantagens. Uma delas é trazer certa experiência para lidar com filhos rebeldes. Crianças que costumam gritar, rolar no chão e torcer a cabeça quando fazem birra por alguma coisa não terão a menor chance com exorcista. Nem mulher fora de si, com ataque de ciúmes, jogando prato no chão e urrando. No final das contas, dois amigos exorcistas sempre poderão se encontrar numa lanchonete, no final do expediente, e rir quando um deles disser, por exemplo:
- Rapaz, minha vida está um verdadeiro inferno...

Um comentário:

Golpes baixos terão resposta à altura.