Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Do jeito que o diabo gosta
ESSA ONDA de desemprego que varre o mundo poderia ser amenizada se algumas profissões antigas fossem reabilitadas. Quer um exemplo? A profissão de exorcista. Faz muita falta sim, senhor. Nesses tempos em que há tanta gente endiabrada, o oficial repelente de espíritos imundos seria mão-de-obra especializada e com largo emprego.
QUEM VIU “O Exorcista” deve estar pensando nos riscos que um ritual traz à saúde. O diabo costuma gritar com quem comanda o exorcismo. É malcriado, fala palavrão. Logo, exorcistas com problemas de audição podem pedir indenização ao empregador – no caso, o Vaticano. E o que dizer daqueles jatos de vômito de quem está possuído? Exorcista tem que receber adicional por insalubridade e por serviço noturno.
NÃO RESTA dúvida de que a profissão de exorcista tem algumas vantagens. Uma delas é trazer certa experiência para lidar com filhos rebeldes. Crianças que costumam gritar, rolar no chão e torcer a cabeça quando fazem birra por alguma coisa não terão a menor chance com exorcista. Nem mulher fora de si, com ataque de ciúmes, jogando prato no chão e urrando. No final das contas, dois amigos exorcistas sempre poderão se encontrar numa lanchonete, no final do expediente, e rir quando um deles disser, por exemplo:
- Rapaz, minha vida está um verdadeiro inferno...
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que coisa mais feia ta renpendido no nome do senhor
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