Mandei a diarista embora. Agora o apartamento é meu. MEU! Sei que vai ser difícil mudar vários hábitos a fim de deixar isso aqui razoavelmente habitável, mas qualquer coisa será melhor do que aquela diaba vinha aprontando. Quebrava copo todo dia. Esses copos de cerveja, que aqui em casa servem pra tudo, inclusive pra tomar cerveja, e que custam R$ 3,60 cada, ela caprichava na hora de tirar a louça da mesa ou mesmo enquanto estava na pia. Perdi a conta de quantos copos comprei enquanto ela esteve aqui. Deixou encardir tudo. Os panos de prato parecem panos de chão. Os panos de chão ela jogou fora. Passei parte da manhã limpando o fogão que comprei nas Casas Bahia, em 12 parcelas, sem entrada, no cartão. Nem lembrava mais a cor dele. Quase uma hora de trabalho, mas valeu: deixei o baita brilhando. Lavei de novo toda a louça e os talheres que estavam sob os cuidados dela. Porca! Tinha craca de meses nos cabos das panelas. Os armários e a pia estavam uma imundície só. Os globos no teto, cheios de inseto morto.
Ontem, quando a dispensei, fiquei pensando nesse negócio de crise, onda de desemprego e tudo o mais. Por um instante, senti pena. Mas ela vai se virar, pois não trabalhava só aqui. De minha parte, vou economizar duas diárias por semana, mais os assaltos à geladeira, mais os copos e pratos quebrados, mais os panos de chão, mais...
Tive que tomar um banho antes de vir aqui para digitar essa nota. Estava de gordura até nas orelhas. A diaba também jogava comida fora. Todo dia tinha comida no cesto de lixo. Ela preferia fazer isso a pôr as sobras numa travessa e arrumar tudo na geladeira. Também consumia um detergente lascado. Vou economizar com mercado.
Ok, todo mundo deve estar achando uma chatice esse assunto. Mas estou particularmente feliz com as mudanças. E com o cheiro do molho vermelho que está no fogo para temperar o meu macarrão. Salve Tiradentes!
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Golpes baixos terão resposta à altura.