quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Das tripas coração


VOLTA E MEIA a gente ouve falar que a Polícia encontrou um desmanche de veículos por aí. É interessante pensar que, da forma como as coisas estão caminhando hoje em dia, também vivemos com outros tipos de desmanche em andamento. Como desmanche de família. Quer ver?

IMAGINE LIGAR a tevê um dia e ouvir uma notícia mais ou menos nesses termos:
“Policiais civis encontraram na manhã de hoje um desmanche de famílias na Região Metropolitana de Curitiba. Estima-se que pelo menos 30 carcaças de esposa e peças e componentes de filhos tenham sido abandonados no local. Duas sogras com chassi raspado também podem ter sido abandonadas na área por obra de marginais. Componentes das carrocerias de sete amantes de luxo foram catalogados pelos peritos que acompanharam a operação. A dona do imóvel, conhecida como Romilda de tal, prestou depoimentos e foi liberada no início da noite. Ela afirmou, entre outras coisas, que aluga um barracão a maridos interessados em fugir da rotina. ‘Na semana passada chegou aqui um casal. O homem, de uns 50 anos, disse que queria envenenar a esposa. Eu pensei que ele se referia a uma troca de escapamento para tornar o ronco mais barulhento. Que nada: ele deu formicida para a dona’, relata Romilda”.

OU ENTÃO, QUE TAL uma notícia assim?
“A Polícia encontrou no final da tarde de hoje um cemitério de maridos roubados na periferia de Guarulhos. Levantamentos preliminares dão conta de que pode passar de 100 o número de sucatas de maridos, de várias marcas e modelos, abandonados em estado imprestável. A maioria foi depenada, encontrando-se sem roupas, sem calçados, sem relógios, sem carteiras e, em vários casos, sem-vergonha”.

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Golpes baixos terão resposta à altura.