terça-feira, 20 de outubro de 2009

Saúde pública: salve-se quem puder!


A SAÚDE PÚBLICA está um caos. Ao contrário que diz a propaganda oficial, os médicos que atendem na rede pública estão desmotivados, pois recebem uma merreca a título de remuneração. Vários hospitais fecharam as portas, inclusive aqui em Apucarana, Arapongas e em outras cidades da região. O ápice da crise na saúde: os hospitais estão na UTI.

FELIZMENTE, muita gente que está nesse meio ainda conserva o bom humor. Há dias, alguém nos contou a história do sujeito que saiu do pronto-socorro com o braço todo enfaixado. Havia sofrido um acidente. Na porta, encontrou um amigo que era um velho médico, famoso pelas suas tiradas:
- O que aconteceu com você?
- Acidente. Fraturei o braço em vários lugares.
- Bom, seu eu fosse você não voltava mais para esses lugares...

OUTRA VEZ, diz que um amigo de infância o procurou desesperado:
- Um colega lá da empresa sofreu um acidente de trânsito e me disseram que ele foi trazido para este hospital. Será que o senhor não poderia me ajudar a saber como ele se encontra?
- Fique calmo. Da cintura para baixo, seu colega não sofreu nenhum arranhão.
- Que maravilha! Mas e da cintura para cima?
- Ah, isso eu não posso responder. A parte de cima ainda não chegou ao hospital...

FOI DESSE MÉDICO que ouvimos, entre outras histórias, uma que teria acontecido no início do século passado, no interior do Nordeste. Havia uma epidemia na cidade e os doentes morriam aos montes no hospital. Havia doentes deitados sobre simples colchões distribuídos pelos corredores e de manhã um médico, transtornado e cansado, fazia uma verificação de rotina para separar os doentes dos falecidos durante a noite. Um enfermeiro o acompanhava e levantava o lençol. Ele dava uma rápida olhada e dizia:
-Está morto. Registre seu nome para o atestado de óbito e peça a remoção.
E prosseguia até o leito seguinte, onde fazia rápido exame e repetia:
-Está morto. Registre seu nome para o atestado de óbito e peça a remoção.
Numa manhã, depois de atestar dez óbitos, o enfermeiro levantou mais um lençol e ele repetiu:
- Está morto. Registre seu nome...
Foi quando então ouviu um fio de voz:
- Doutor... não estou morto, não...
Surpreso, cansado e nervoso, o médico explodiu:
- Está sim, senhor! Quer saber mais do que eu que sou médico?

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Golpes baixos terão resposta à altura.