sábado, 29 de novembro de 2008

Greve de fome

Um leitor nos informa que numa cidade do interior os presos tentaram fazer greve de fome, mas foram derrotados por uma macarronada servida fora do cardápio diário. Golpe baixo. E pizza? Já pensou como ficaria legal nas manchetes? “Greve de fome acaba em pizza no interior do Piauí”.
Isso me deu uma idéia: a criação do curso “Técnico em Desmontagem de Greve de Fome”, onde seriam ensinadas técnicas refinadas e recursos persuasivos para demover desses protestos mesmo os mais empedernidos grevistas. Para simplificar, o profissional poderia se chamar desgrevista. O sujeito está lá, no 18º dia de greve de fome, e alguém chama o técnico. O homem já chega comendo um X-Tudo e se dirige à pessoa com a boca cheia de maionese e catchup e usando palavras que lembrem comida:
- E aí, ô cara de pudim de coco com calda de ameixa! Sabe que dia é hoje? Quarta-feira, dia de feijoada. Eu já te falei como é a receita de feijoada da minha avó, nascida lá em Tiros, Minas Gerais?
Dez minutos de conversa e adeus greve. Para os recalcitrantes, recomenda-se abrir a sessão reunindo a imprensa e curiosos das imediações detalhando o plano de trabalho, não sem antes oferecer a todos um churrasco, regado a cerveja gelada e acompanhado de acepipes diversos, tudo na cara do infeliz grevista. Ou ex-grevista, se preferirem.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Só os fortes sobrevivem

Mal começou o blog e já tem gente pentelhando. Ontem me escreveu o Gláucio Measki, de Guarulhos. “Esse blog não vai pra frente porque tanto o seu texto quanto o traço do Rato, que eu já conheço, são uma verdadeira bosta. Nunca vi um negócio tão ruim. Pára tudo e vão vender sorvete que vocês ganham mais”.
Obrigado pelas palavras amigas, Graucio. São pessoas assim que resgatam o que há de mais nobre no ser humano. Antes que eu me esqueça, vai tomar no meio do centro do núcleo do miolo do seu cu.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vida dura

Estou trabalhando mais que pinto de recém-casado. Não é pra menos. Na empresa onde vendo minha mão-de-obra a preço vil, a ordem é cortar. Não interessa o que, desde que se cumpra a ordem de cortar. Começaram cortando o cafezinho, depois as marmitas. Agora mandaram metade do pessoal embora, ou seja, estão cortando cabeças. Há quem diga que na ânsia louca para economizar, vão baixar portaria pedindo aos funcionários que usem papel higiênico dos dois lados. Isso na primeira fase. Se não surtir o efeito desejado, a ordem será pra trazer papel higiênico de casa. Por enquanto, só baixaram a qualidade do papel, que era branco e macio e agora é meio cinza e áspero. Alguém foi reclamar com o responsável pelo almoxarifado. Diz que o homem disparou: “Pra que qualidade em papel higiênico? Vocês acabam enfiando tudo na bunda mesmo...”.

Lula lá

Vejo agora que Lula resolveu voar até Santa Catarina e se manifestar para as vítimas das chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. Sei lá, mas esse povo já não sofreu mais do que o suficiente?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pra começo de conversa

Esse blog nasceu durante uma cervejada que nunca existiu. Foi mais ou menos assim: eu queria lavar o pescoço por dentro, hábito saudável que não tenho exercido da forma correta nas últimas semanas, devido aos compromissos profissionais. Inventei essa história de blog pra chamar o Ratão, que vem ensaiando mostrar suas coisas na Internet desde que foi banido da Europa. Escorraçado como um cão sarnento! Ele topou na hora, mas alguma coisa acabou impedindo o encontro. Como cada um havia arrumado idéias para trocar durante a prosa, mesmo a cervejada não virando, o blog está aí.
Era pra se chamar “Brog do Cróvis”, nome que não é grande coisa, mas servia como homenagem aos amigos que vivem trocando as letras. “Melhor trocar as letras que trocar as bolas”, reagiu o “Cráudio”, reprovando a idéia. Aí veio a Casa do Canibal, sugestão de não sei quem, não sei quando, nem a propósito de quê.
Adelante.