domingo, 20 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Esso dá adeus às armas




Li e gostei. Acho que também pode ser interessante para alguns de vocês:

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Esso, de tanta presença na política brasileira, dá adeus às armas

Pedro do Coutto

Com base na excelente reportagem de Lino Rodrigues, O Globo de terça-feira, vemos todos que a Esso, uma das maiores empresas do mundo, e de tanta presença não só no plano comercial, mas no jornalismo e na própria política brasileira, retira sua bandeira do país. Exatamente setenta anos depois de tê-la fincado, treze anos antes da criação da Petrobrás, quando ainda se discutia se a exploração do petróleo deveria ser estatal ou aberto às duas grandes empresas do setor: a Esso e a Shell.

Agora, para citar um romance famoso de Hemingway, também título de filme de George Cukor, dá adeus às armas. Não haverá mais postos Esso para abastecermos nossos carros, nem propaganda da empresa na televisão, tampouco o Prêmio Esso de Jornalismo que, ao longo de mais de 50 anos, revelou e fez justiça a tantos talentos.

O Repórter Esso, na Rádio Nacional, imortalizado por Heron Domingues, já estava fora do ar desde 68. O Ato Institucional número 5, editado pela ditadura militar, fez com que a empresa, por falta de liberdade de noticiar, se desinteressasse do patrocínio.

A Shell e a Cosan, nova sigla que já havia absorvido a Esso Brasileira de Petróleo em 2008, devem – penso eu – dar um novo nome ao prêmio, não o deixando desaparecer na memória do tempo. Foi um serviço importante prestado, não somente aos veículos de informação, mas sobretudo à opinião pública do país. As premiações nunca tiveram conotação política, diga-se a bem da verdade. Mas a atuação política da empresa no Brasil é outra história.

Fortemente contrária – como seria natural – à estatização do subsolo, onde dormia o petróleo brasileiro, empenhou-se pela privatização. Lutava, muito mais do que a Shell, por obter concessões de prospecção. Naquele tempo não havia surgido a difícil tecnologia voltada para explorar águas marítimas profundas, como ocorre hoje com a Britsh Petrolium, no Mar do Norte, Noruega, e com a Petrobrás na Bacia de Campos. Em nosso país, encontra-se também atuando a americana Chevron, uma das sete famosas irmãs do setor. A Esso uma delas. Continua a ser, nos EUA com o nome Exxon. A diferença da Exxon para Esso é pequena.

No Brasil é grande a partir de 1941, como assinala Lino Rodrigues. O repórter me conduziu a 7 de dezembro daquele ano, por volta das 16 horas, quando a transmissão de um jogo entre Botafogo e Madureira foi interrompida exatamente para entrar o Repórter Esso em edição extraordinária. O Japão acabava de bombardear a base de Pearl Harbour, no Havaí. Emocionado e indignado, o presidente Franklin Roosevelt entrou no ar direto em centenas de emissoras e anunciou a entrada dos EUA na guerra contra o eixo Alemanha de Hitler, Itália de Mussolini, Japão de Hiroito.

Heron Domingues, naquela tarde de domingo, comoveu o país. Quatorze anos depois, já na TV Tupi, na voz de Gontijo Teodoro, o Repórter Esso destacava a demissão do general Teixeira Lott do Ministério do Exército. Pelo presidente interino Carlos Luz.

Gontijo Teodoro, que não está entre nós, destacou que “depois de esperar por duas horas e quarenta minutos para ser recebido no Palácio do Catete, Lott foi demitido da pasta”. A forma de narrar adotada pelo apresentador, vejo agora, há de ter sido importante para acentuar a reação militar que ocorreu para garantir a posse de JK, legitimamente eleito nas urnas de outubro.

Um outro lado da questão. A Esso possivelmente estava por trás da campanha contra Vargas e também ao lado de outra campanha, a de Carlos Lacerda, contra a posse de JK. Lacerda falava diariamente na Rádio Globo e tinha apoio do próprio O Globo, que agora publica a reportagem sobre a saída do nome Esso do palco da comunicação brasileira. Sete décadas depois. Como dizia seu slogan, foi testemunha ocular da história. E também personagem dela nas sombras dos bastidores.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Saiba como aplicar seu dinheiro



O sujeito se chama Marc Faber.
- Ele é Analista de Investimentos e empresário.
Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, Marc Faber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado:
"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00.
Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Walt-Mart, esse dinheiro vai para a China.
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.
Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan...
E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.
Estou fazendo a minha parte...”

- Resposta de um brasileiro igualmente bem humorado:
"Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior.
Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev... portanto, restaram apenas as prostitutas.
Porém, se elas (as prostitutas) repassarem parte da verba para seus filhos, o dinheiro virá para Brasília, onde existe a maior concentração de filhos da puta do mundo!

Carência de ação



Desajeitado, o magistrado Dr. Juílson tentava equilibrar em suas as mãos, a cuia, a térmica, um pacotinho de biscoitos, e uma pasta de documentos.
Com toda esta tralha, se dirigia para seu gabinete, mas ao dar meia volta deparou-se com sua esposa, a advogada Dra. Themis, que já o observava há sabe-se lá quantos minutos. O susto foi tal que cuia, erva e documentos foram ao chão. O juiz franziu o cenho e estava pronto para praguejar, quando observou que a testa da mulher era ainda mais franzida que a sua.
Por se tratarem de dois juristas experientes, não é estranho que o diálogo litigioso que se instaurava obedecesse aos mais altos padrões de erudição processual.
- Juílson! Eu não agüento mais essa sua inércia. Eu estou carente, carente de ação, entende?
- Carente de ação? Ora, você sabe muito bem que, para sair da inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me provoca, há anos. Já eu dificilmente inicio um processo sem que haja contestação.
- Claro, você preferia que o processo corresse à revelia. Mas não adianta, tem que haver o exame das preliminares, antes de entrar no mérito. E mais, com você o rito é sempre sumaríssimo, isso quando a lide não fica pendente... Daí é que a execução fica frustrada.
- Calma aí, agora você está apelando. Eu já disse que não quero acordar o apenso, no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir.
Quanto ao rito sumaríssimo, é que eu prezo a economia processual e detesto a morosidade. Além disso, às vezes até uma cautelar pode ser satisfativa.
- Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns recursos especiais. Teus recursos são sempre desertos, por absoluta ausência de preparo.
- Ah, mas quando eu tento manejar o recurso extraordinário você sempre nega seguimento. Fala dos meus recursos, mas impugna todas as minhas tentativas de inovação processual. Isso quando não embarga a execução.
Mas existia um fundo de verdade nos argumentos da Dra. Themis. E o Dr. Juílson só se recusava a aceitar a culpa exclusiva pela crise do relacionamento. Por isso, complementou:
- Acho que o pedido procede, em parte, pois pelo que vejo existem culpas concorrentes. Já que ambos somos sucumbentes vamos nos dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o litígio.
- Não posso. Agora existem terceiros interessados. E já houve a preclusão consumativa.
- Meu Deus! Mas de minha parte não havia sequer suspeição!
- Sim. Há muito que sua cognição não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta. Só vim pegar o apenso em carga e fazer remessa para a casa da minha mãe.
E ao ver a mulher bater a porta atrás de si, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo o que havia acontecido. Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma triste conclusão:
- E eu é que vou ter que pagar as custas...

Contagem regressiva

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

José Dirceu ontem em hoje



Em 1968, um dos anos mais críticos da história para o movimento estudantil brasileiro, o DOPS tinha uma lista enorme de pessoas que queria prender antes da realização do 30o. Congresso da UNE. No topo, estava um jovem magro, corajoso, que só saía de casa armado e nunca dormia na mesma casa: José Dirceu. Sua rebeldia e a de tantos outros tinha sentido: líderes estudantis como Vladimir Palmeira, presidente da ex-União Metropolitana dos Estudantes, do Rio, estavam presos. Neguinho soltava um pum meio para a esquerda e era enquadrado na Lei de Segurança Nacional.Estudante baleado na cabeça, deputados espancados por policiais, universidades invadidas pela polícia, gente desaparecendo, totura e morte. A barra realmente pesou em 68...
Vendo o noticiário, me deparei com uma foto do senhor José Dirceu em Curitiba. Mais de 40 anos depois, alguns milhões habilmente escoados pelo ralo do mensalão, que ele insiste em negar, fico pensando no que virou o homem. E no que virou o Brasil. Foi bom ver o fim da ditadura, mas que democracia é essa em que os corruptos estão por aí, mandando mais do que os que foram eleitos pela vontade do povo? De onde vem o poder de José Dirceu, se não de uma máquina federal, carcomida, que estende seus tentáculos sobre a imprensa, a justiça, a consciência nacional?
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude está em casa, guardado por Deus (?), contando vil metal. Quem ainda não sabe, é só olhar para essas duas fotos.

Coisas que fazem o dia valer a pena



C'est Si Bon

Words & Music by Andre Hornez & Henry Betti
English lyric by Jerry Seelen
Recorded by Louis Armstrong, 1949


C#m7-5 Cm7-5 Bm7 Bm7-5 E7 E7/9 E7 A D9 Bm7-5 A
"C'est si bon" -- lovers say that in France

Fdim Bm7 Bm7-5 E7
When they thrill to romance;

Bm7-5 E7 A6 Cdim E7/9
It means that it's so good.


C#m7-5 Cm7-5 Bm7 Bm7-5 E7 E7/9 E7 A D9 Bm7-5 A
C'est si bon -- so I say it to you

Fdim Bm7 Bm7-5 E7
Like the French people do

Bm7-5 E7 A
Because it's oh, so good.



Bridge:


A7 F Dm7 CM7/6 CM7
Ev'ry word, ev'ry sigh, ev'ry kiss, dear,

B7 Bm7 Bm7-5 E7
Leads to only one thought, and it's this, dear:


C#m7-5 Cm7-5 Bm7 Bm7-5 E7 E7/9 E7 A D9 Bm7-5 A
It's so good, nothing else can replace

Fdim Bm7 Bm7-5 E7
Just your slightest embrace

Em7 F#7
And if you only would

Bm7 Dm7 AM7
Be my own for the rest of my days,

A A7 Bm7-5 E7
I will whisper this phrase,



First Time:

Bm7-5 E7/9 E7 A Edim E7
My darling, c'est si bon.



Last Time:

Bm7-5 E7/9 E7 A D9 A6
My darling, c'est si bon.

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gostosa é a vovozinha!

Pacto é o caralho!



Sinceramente, me impressiona como o poder, em cada época, elege certas palavras e expressões e as explora à exaustão. No passado, vimos isso ocorrer com "qualidade de vida", "resgate da cidadania" e tantas outras. Cada vez que eu abria o jornal e via uma dessas expressões, ou ligava o rádio ou a tevê e ouvia alguém empregando esses termos, sentia uma urticária se espalhando por todo o corpo. Lula chegou ao poder e as expressões esfarrapadas deram lugar a outras, como "inclusão social", "culpa da zelite" e "nunca antes na história deste país".
Com Lula - e agora com Dilma - também se emprega de forma insistente e irritante a palavra "pacto". Tudo é motivo para fazer um pacto. "Precisamos fazer um pacto pelo desenvolvimento", "Vamos lançar um pacto contra a fome", "Que tal um pacto pela moralidade?". Eu acho que algum processo de degeneração mental é desencadeado, em maior ou menor grau, com toda pessoa que atinge o poder. Uma das manifestações inequívocas disso é essa mania de escorar o discurso em palavras e expressões que, de tão usadas, acabam irritando. Na minha opinião, são aquele ponto em que o cérebro está em ponto morto, incapaz de produzir qualquer coisa que preste.
Se eu pudesse falar com os governantes, diria: "Vamos fazer um pacto? Ninguém mais fala em pacto nesta bosta de governo, certo?".

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Vento na Ilha (Pablo Neruda)



Vento é um cavalo:
ouve como ele corre
pelo mar, pelo céu.
Quer me levar: escuta
como ele corre o mundo
para levar-me longe.
Esconde-me em teus braços
por esta noite erma,
enquanto a chuva rompe
contra o mar e a terra
sua boca inumerável.
Escuta como o vento
me chama galopando
para levar-me longe.
Como tua fronte na minha,
tua boca em minha boca,
atados nossos corpos
ao amor que nos queima,
deixa que o vento passe
sem que possa levar-me.
Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
galopando na sombra,
enquanto eu, protegido
sob teus grandes olhos,
por esta noite só
descansarei, meu amor.

Descoberta a cura para a calvície



A Fundação Canibal, que reúne os mais retardados entre os vencedores do Prêmio Jovem Cientista de 16 países, anunciou na manhã de hoje, através de sua assessoria de imprensa, que acaba de desenvolver uma fórmula para combater a calvície. "Trata-se de um composto químico que mistura essência de mentiras cabeludas com DNA de pelo encontrado em ovo. A tudo isso foram adicionados componentes raros, encontrados em fios de bigode do Sarney, e pó de células mortas do couro cabeludo (sic) do ex-governador Esperidião Amin, com princípio alterado em laboratório para dar efeito contrário. O resultado foi tão assombroso que deixou todo mundo de cabelo em pé", explica o professor Anacoluto dos Prazeres, mestre em cabelos ulótricos, lissótricos e cimatótricos pela Universidade Federal da Baixa Estima (Glasgow).
Na foto, um ex-calvo comemora, soltando urros de prazer, logo após ter tomado uma dose da milagrosa fórmula. Minutos depois, foi detido pela Carrocinha do Canil Municipal, mas seus familiares informam que passa bem...