segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aleksei Talimonov - England

Esse lentíssimo juiz



Tem essa outra aqui, enviada pelo Flávio Dias, de Sororcaba:

Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório lia-se:
"Esselentíssimo Juiz".
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou:
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra "Excelentíssimo"?
Então explicou o catedrático:
- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então
seria dizer "Esse lentíssimo juiz".
Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz" sem antes perguntar:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?

1959 vs 2010


Aí, pessoal, fiquei uns dias no litoral, comendo camarão e enchendo a cara de Campari. Felizmente, num lugar onde não havia internet, nem sinal de celular. Resultado: minha caixa de e-mails ficou lotada. Passei parte da manhã lendo e apagando e-mails. Alguns leitores enviaram coisas que achei engraçadas. Exemplo foi essa aí, mandada pelo Murilo Santa Cruz, de Fortaleza. Veja:


Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranqüilo à classe.
Ano 2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Transforma-se num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.


Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai á universidade e se transforma num profissional de sucesso.
Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maltrato. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.



Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo.
Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida.



Cenário 4: Disciplina escolar
Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava umas boas palmatórias e chegando em casa nosso velho nos castigava sem piedade.
Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender nos e fica com a culpa por faze-lo. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.



Cenário 5: 31 de outubro
Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.



Cenário 6: fim das férias.
Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num gordini depois 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
Ano 2010: Depois de voltar de Cancun, numa viajem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborréia....


Pergunta-se: SERÁ QUE HOUVE EVOLUÇÃO?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Demir Hindi - Turkey

Coisas que fazem o dia valer a pena




All By Myself
Words by Eric Carmen (foto)
Music Based on Serge Rachmaninoff's Piano Concerto No. 2 in C Minor
Recorded by Eric Carmen, 1975 (#2)*


A9 A A9+5 Dm6 A A/G# F#
When I was young I never needed an - y - one

C#m7-5 F#7 Bm Dm6
And makin' love was just for fun --

Fdim E7 A F#7 Dm6 - Fdim - E7/6 - E7
Those days are gone.


A9 A A9+5 Dm6 A A/G# F#
Livin' alone, I think of all the friends I've known;

C#m7-5 F#7 Bm Dm6
But when I dial the tel - e - phone,

Fdim E7 A F#7 Dm6 - Fdim - E7/6 - E7
No - bod - y's home.



Refrain:

A AM7 C#m7-5 F# F#7
All by my - self don't wan - na be

Bm7 Edim Bm7-5 Dm+7 Dm6 E7
All by my - self an - y - more;

A AM7 C#m7-5 F# F#7
All by my - self don't wan - na live

Bm7 Edim Bm7-5 F7 Dm6 E7
All by my - self an - y - more.


A9 A A9+5 Dm6 A A/G# F#
Hard to be sure; some times I feel so in - se - cure,

C#m7-5 F#7 Bm Dm6
And love, so distant and obscure,

Fdim E7 A F#7 Dm6 - Fdim - E7/6 - E7
Remains the cure.



Repeat Refrain:

Dez frases que eu não quero ouvir em 2011



- Nunca antes na história desse país...
- Paga aí que hoje eu tô sem nenhum puto.
- Você dá uma entradinha e o resto a gente parcela em até 12 vezes no cartão.
- Se você não se mexer, não vai doer nada.
- Hoje eu vou preparar uma receita nova pra você.
OOO
- Quem quer dinheirooooooooo?
- A polícia informa que já está na pista dos assassinos.
- Você não me empresta cenhão até sair o vale?
- Eu dou o cu pra um jumento se isso aí acontecer.
- Para reclamações, digite 2. Para novas aquisições, digite 3...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Erdogan Karayel - Germany

A maior catástrofe é a burrice



Brasileiro gosta de macaquear os gringos em tudo. Por isso usamos jeans, mascamos chicletes e cantamos músicas da Lady Gaga e dos Rolling Stones. Mas a gente também devia imitar os gringos naquilo que eles têm de bom, como serviços públicos que realmente funcionam, como saúde e segurança pública. E justiça, claro. Em Paris, em 2001, numa volta de barco pelo Rio Sena, com amigos, fiquei me perguntando por que em São Paulo se gasta tanto dinheiro para despoluir e desassorear o Tietê e ele continua sendo, literalmente, um rio de bosta. Por que conseguiram despoluir o Tâmisa, na Inglaterra, a ponto de o rio ter hoje mais de 120 espécies de peixe e voltar a ser navegado por turistas, remadores e velejadores?
Da mesma forma, nesses países o Ministério do Planejamento PLA-NE-JA! É preciso planejar o futuro pensando nas coisas boas, como a aplicação da riqueza, e nas coisas ruins, como as tragédias trazidas todos os anos pelas chuvas. É uma coisa cíclica, natural, que vai acontecer de novo. Por que só depois de 500 anos alguém teve a idéia de pensar num fundo de catástrofe? Porque a maior catástrofe de todas é a suprema estupidez dos governantes. E, obviamente, de uma sociedade que ainda não atingiu um nível de desenvolvimento capaz de eleger, mas não de fiscalizar, de cobrar e, se necessário, punir. Contra a catástrofe maior, que é a estupidez oficial, infelizmente, não parece haver qualquer sistema de segurança.
Salve-se quem puder!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Programa para erradicação da pobreza no Brasil



Depois do Minha Casa, Minha Vida, vem aí o Projeto Bicho Barbeiro. Passou a eleição, companheiro. Agora o buraco é mais embaixo. Casas de 5 metros quadrados, construídas preferencialmente em área de risco (encosta dos morros, áreas alagadas etc), a fim de ajudar a reduzir a pobreza no Brasil. A parceria envolverá, de um lado, as prefeituras, que doarão os terrenos, e do outro o governo, que entrará com o material de construção. Os futuros inquilinos entram com a mão-de-obra (chega de dar mole para esse povo). Cada unidade habitacional custará R$ 500, financiados pelo Banco do Brasil em até 20 anos, e já virá com direito a um kit de 03 ratos, 10 baratas e 10 chupanças. Cada empreendimento receberá também uma infestação de dengue por bimestre, a fim de manter as equipes de combate à dengue em ação, bem como as diretorias regionais, estaduais e nacional que atuam na luta intrépida e tenaz contra este pérfido, sórdido e cruel mosquito.

Realmente: Brasil, um país de tolos!

Presidenta ou presidente?




Do jeito que recebemos de uma leitora:


Presidenta?
Mas, afinal, que palavra é essa?

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um exemplo (negativo) seria:
- A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.

ENTÃO NÃO EXISTE PRESIDENTA!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Genial sacada do Ben Heine

Central figure in 'Band of Brothers' dead at 92By



Deu hoje no site da CNN. É para quem, com eu, é fã da série Band of Brothers. E, claro, sabe ler em inglês (sorry, periferia...).

Washington (CNN) -- Richard "Dick" Winters, a decorated hero of World War II and the central figure in the book and miniseries "Band of Brothers," has died. He would have turned 93 years old in February.
Winters died January 2 and was buried after a private funeral Saturday, according to retired Army Col. Cole Kingseed, a close friend and co-author of Winters' memoirs.
Winters began his career in the Army shortly before the Japanese attacked Pearl Harbor in 1941, and he volunteered to become a paratrooper, according to his wartime memoirs "Beyond Band of Brothers."
He was assigned to E Company, more commonly known as Easy Company, of the 2nd Battalion of the 506th Parachute Infantry Regiment of the Army's 101st Airborne Division.
After months of training in the new tactic of soldiers dropping by parachute behind enemy lines, Winters and the men of Easy Company parachuted into Normandy hours before the first troops hit Omaha and Utah beaches on D-Day, June 6, 1944.
When he landed he discovered he'd lost his "leg bag," the satchel carrying all his weapons, when he jumped out of the plane.
He was behind enemy lines on the most decisive day of World War II with nothing but a knife.
"I later discovered that in our small contingent from Easy Company, we all lost our leg bags and ended up using whatever weapons he could scrounge," Winters wrote in his memoirs. "This was a hell of a way to begin a war."
Still, within hours he organized a small group of troopers to attack a German artillery position. They took out nearly two dozen Nazi soldiers and four large cannons which had been firing on American troops landing on the beaches.
His actions that day earned Winters the Distinguished Service Cross, the second highest medal for valor in the U.S. military. There is still an effort underway to have that medal upgraded to a Medal of Honor, an action the humble Winters never supported.
Kingseed said Winters told him, referring to the men he commanded in Europe, that "war does not make men great, but sometimes, war brings out the greatness in men."
D-Day also cost Easy Company the life of its commander, which put then-Lt. Winters in command of the unit.

O que é um churrasco?



Colaboração enviada por um amigo. Já é meio manjada, mas publicamos aqui para não perder o freguês...

O QUE É UM CHURRASCO?
(Escrito por uma mulher)

O churrasco é a única coisa que um homem sabe cozinhar, e quando um homem se propõe a realizá-lo, ocorre a seguinte cadeia de acontecimentos:

01 - A mulher vai ao supermercado comprar o que é necessário.
02 - A mulher prepara a salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa
03 - A mulher tempera a carne e a coloca numa bandeja com os talheres necessários, enquanto o homem está deitado próximo à churrasqueira, bebendo uma cerveja.
04 - O homem coloca a carne no fogo.
05 - A mulher vai para dentro de casa para preparar a mesa e verificar o cozimento dos legumes.
06 - A mulher diz ao marido que a carne está queimando.
07 - O homem tira a carne do fogo.
08 - A mulher arranja os pratos e os põe na mesa.
09 - Após a refeição, a mulher traz a sobremesa e lava a louça.
10 - O homem pergunta à mulher se ela apreciou não ter que cozinhar e, diante do ar aborrecido da mulher, conclui que elas nunca estão satisfeitas....


DIREITO DE RESPOSTA
(Escrito por um homem)

01 - Nenhum churrasqueiro, em sã consciência, iria pedir à mulher para fazer as compras para um churrasco, pois ela iria trazer cerveja Kaiser, um monte de bifes, asas de frango e uma peça de picanha de 4,8 Kg que o açougueiro disse ser 'Ótima', pois não conseguiu empurrar para nenhum homem..
02 - Salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa, ela prepara só para as mulheres comerem. Homem só come carne e toma cerveja.
03 - Bandeja com talheres? Só se for para elas. Homem que é homem come churrasco como tira-gosto e belisca com a mão...
04 - Colocar a carne no fogo??? Tá louca??? A carne tem que ir para a grelha ou para um espeto que, a propósito, tem que ser virado a toda hora.
05 - Legumes??? Como eu já disse, só as mulheres comem isso num churrasco.
06 - Carne queimando??? O homem só deixa a carne queimar quando a mulherada reclama: 'Não gosto de carne sangrando'; 'Isto está muito cru'; 'tá viva??'. Após a décima vez que você oferece o mesmo pedaço que estava ao ponto uma hora antes, elas acabam comendo a carne tão macia quanto o espeto e tão suculenta quanto um pedaço de carvão.
07 - Pratos? Só se for para elas mesmas!
08 - Sobremesa? Só se for mais uma Skol.
09 - Lavar louça? Só usei meus dedos!!! (e limpei na bermuda).

Realmente, as mulheres nunca vão entender o que é um churrasco!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Por que a imprensa se cala sobre o mensalão?






Com o nome "site mostra 'saga' de paranaenses no mensalão", recebemos e reproduzimos o texto abaixo. É uma oportuna reflexão sobre o maior escândalo da era Lula que, curiosamente, até hoje não puniu ninguém. Cadê o jornalismo investigativo? Cadê a imprensa desse país?

- Quase oito anos depois de “meterem a mão no jarro”, através do megaescândalo que se tornou conhecido como “mensalão”, seus protagonistas continuam impunes. Pior: reconquistaram cargos através do voto na urna ou estão voltando ao governo, apostando na impunidade ou na proverbial falta de memória do povo brasileiro. É o que ocorre, por exemplo, com José Borba, à época líder do PMDB na Câmara Federal e hoje prefeito de Jandaia do Sul, e com José Genoíno, agora convidado por Nelson Jobim para integrar sua equipe no Ministério da Defesa.
- Embora o mensalão tenha derrubado ministro (José Dirceu) e levado à renúncia de deputados (entre eles o próprio Borba, a fim de escapar da cassação), o caso se arrasta indefinidamente na Justiça e, estranhamente, passou ao largo da campanha presidencial. Agora, o site www.oarquivo.com.br expõe, em nove capítulos, quando se clica no menu “mar de lama”, todos os detalhes da sórdida história que se constitui num dos maiores escândalos da história da República.
- O capítulo 3 é de especial interesse dos paranaenses. Ali é narrado, com riqueza de detalhes, como, no ano de 2003, o deputado federal José Rodrigues Borba entrou em acordo com o núcleo político-partidário do PT formado por José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira. “Ao contrário dos outros partidos com os quais os dirigentes do PT negociavam, como PP, PL e PTB, uma parcela importante de lideranças do PMDB permaneceu refratária aos acordos que ora eram selados e incluíam remessa de dinheiro e cargos no governo. Parte do PMDB contudo aliou-se ao núcleo petista e um dos expoentes desse acerto foi o líder do PMDB na Câmara dos Deputados José Rodrigues Borba”, explica o texto.
- Como conseqüência da sua insólita situação, o PMDB informalmente dividiu-se: uma parte (a maioria) “influenciada pelo óbulo espúrio” cerrou fileiras com o governo enquanto a outra preferiu um comportamento mais independente. Esta disposição ficou mais evidente principalmente depois que o escândalo do mensalão estourou.
- Como líder do PMDB na bancada da Câmara, José Borba era capaz de inspirar contigentes de deputados de seu partido para que votassem a favor do Governo. Para auxiliar-lhe, Borba tinha a promessa de cargos na administração federal e gratificações financeiras colocadas à sua disposição pelo núcleo político-partidário governista.
- José Borba teve participação na aprovação da reforma da previdência (PEC 40/2003 na sessão do dia 27 de agosto de 2003 e da reforma tributária (PEC 41/2003 na sessão do dia 24 de setembro de 2003.
- Provas materiais dão conta de que José Borba recebeu pelo menos a quantia de 2,1 milhões de reais do esquema ilegal do núcleo de Marcos Valério, que trabalhava para José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira. De acordo com Valério, Borba recebeu o numerário mediante pagamentos efetuados nas seguintes datas: 16/09/2003 - 250 mil; 25/09/2003 - 250 mil; 20/11/2003 - 200 mil; 27/11/2003 - 200 mil; 04/12/2003 - 200 mil; e 05/07/2004 - R$ 1 milhão de reais.
- Consciente de que os recursos que recebia eram ilegais, José Borba agiu de forma manifesta a ocultar o seu recebimento, como deixou claro um dos depoimentos de Simone Vasconcelos, Diretora-Administrativa da empresa SMPB e operadora externa do núcleo da organização delinqüente liderada por Marcos Valério.
- Segundo Simone Vasconcelos, houve uma circunstância em que José Borba dirigiu-se até a agência do Banco Rural em Brasília para encontrar-se com o tesoureiro do banco José Francisco de Almeida, encarregado de fazer a entrega do dinheiro oriundo do esquema de lavagem. José Borba recusou-se a assinar qualquer documento que pudesse ser indicativo de que ele recebera a quantia. A contenda foi resolvida com a chegada à agência de Simone Vasconcelos que retirou o dinheiro em seu nome e fez a entrega dele a Borba.
- O mesmo capítulo também mostra a performance de outros paranaenses em todo o episódio, entre eles José Carlos Martinez, então comandante do PTB, e o advogado Roberto Bertholdo.
- Há dois meses, falar sobre isso era ter uma atitude golpista ou eleitoreira. Passadas as eleições, porém, trata-se no mínimo de uma boa sugestão de pauta para os editores de política. A quantas anda o processo do mensalão? Qual é a situação de cada um dos principais envolvidos? Quais as perguntas que ainda foram respondidas? Por que houve uma espécie de pacto para que o assunto permanecesse distante do embate eleitoral do ano passado? De onde vem o poder de homens como José Borba, que mesmo sem ser deputado arranca volumosos recursos federais para Jandaia do Sul e até para outras cidades de sua base, no Vale do Ivaí? E o poder de José Dirceu, cujos tentáculos ainda se estendem por vários setores do governo? E de Genoíno, que teve de renunciar ao seu cargo no PT depois do episódio do dólar na cueca, mas agora pode se transformar num dos principais membros do Ministério da Defesa? A quem interessa que o episódio conhecido como mensalão caia no esquecimento e que os envolvidos sejam beneficiados com a mais escandalosa das impunidades?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Livro expõe praga do nepotismo no mundo


Já imaginou chamar os amigos para uma farra no motel financiada com o dinheiro do contribuinte? Ou colocar seu irmão para negociar com grandes empresas interessadas em pagar menos impostos? Início de governo é sempre assim: pipocam notícias sobre as vantagens de ter um amigo ou parente no poder. Quem realmente se importa? A revolta é por motivos éticos ou por inveja de não ser o beneficiado?
Em mais de 700 páginas, o livro “Em Louvor do Nepotismo” mostra que isso é um tipo de corrupção, os ocupantes de cargos deveriam ser escolhidos pelos seus méritos, e não por relações de parentesco. O favorecimento de familiares é um insulto ao nosso senso de justiça e ao nosso credo da meritocracia, defende Adam Bellow, que escreveu a obra.
Para ele, em países como o Brasil, o nepotismo ganha terreno porque aqui ainda sobrevivem práticas feudais, ou seja, o poder político e econômico ainda está concentrado nas mãos de poucas famílias, clãs que resistem aos sistemas contemporâneos de contratação de pessoal.
Em muitos casos, colocar amigos e parentes em cargos importantes é uma salvaguarda contra denúncias de irregularidades no uso do dinheiro público, pois se conta com um apoio cego, irrestrito, em que todas as decisões do governante devem ser aplaudidas sem pestanejar, sem questionamentos.
A obra relembra os casos clássicos de nepotismo na história da humanidade, como os Borgia, Bonaparte e Rothschild e outras dinastias famosas. Dividido em duas partes, o livro dedica uma inteira para o problema nos Estados Unidos. A primeira parte discorre sobre as origens biológicas da tendência do homem de beneficiar quem faz parte do seu círculo mais íntimo, em tese, quem pode retribuir favores e garantir que seu sobrenome se perpetue.

Leia um trecho de “Em Louvor do Nepotismo”:

*

Segundo recente pesquisa de empresários de vários lugares, o Brasil figura entre os quinze países mais corruptos do mundo. “Como quase sempre conseguem escapar impunes”, escreveu um jornalista, os políticos e funcionários públicos brasileiros “usam a máquina do Estado para obter vantagens pessoais e ajudar amigos e parentes.” O rei do nepotismo brasileiro era um juiz que empregava sessenta e três parentes –entre eles mulher e filhos, sobrinhos, sobrinhas, primos e noras. Todo mês os membros do seu clã embolsavam cerca de 250 mil dólares, ou quase 10% do total da folha de pagamento do Tribunal.

(…)

Da Folha.com

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Só quem é pobre sabe...



- A ansiedade de aguardar na fila da liquidação de começo de ano
- O prazer incomensurável de pagar a última prestação
- A paciência que é preciso ter para aproveitar a pasta de dente até a última microporção
- Que restos mortais de sabonete, devidamente grudados, formam um sabonete novo
- Que um miojo, uma lata de sardinha e um vinho resultam numa refeição dos deuses
- Que ficar 15 minutos escondido dentro de casa geralmente é o tempo suficiente para o cobrador ir embora
- Que é preciso escolher amigos alternados para sair de casa quando se está sem dinheiro, a fim de que a conta não comece a pesar sempre no lombo da mesma vítima
- Que dá pra andar mais 20 quilômetros com segurança depois que acende a luz do painel indicando que o combustível acabou

Disputa de cargos em Brasília

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Marcela, o lado bom de Michel Temer



Pra não dizer que a posse da Dilma foi uma chatice completa e acabada, vi depois, nos sites e blogs, as fotos de Marcela, a bela esposa do vice, Michel Temer. Ex-miss, Marcela não terá muita dificuldade em ser o centro das atenções, numa governo com padrões estéticos do tipo Dilma, Erenice et caterva.

Ecos da posse da Dilma


Resolvi, deriberadamente, desligar a televisão neste final de ano. Uma entrada ou outra no computador, mais para ler e responder e-mails do que para vir aqui fazer qualquer tipo de comentário. De modos que não vi o discurso da Dilma tomando posse, nem qualquer cena da solenidade - que deve ter sido a chatice de sempre. Pra mim, só teria alguma graça se algum terrorista entrasse lá no meio atirando para todo lado. Ninguém poderia esbravejar ou censurar, pois havia poucas horas o governo brasileiro decidira negar a extradição do Cesare Battisti, terrorista que matou quatro pessoas na Itália. A própria Dilma, estrela da festa, ex-guerrilheira que integrou ações terroristas durante a ditadura militar, teria que engolir o intrometido.
No Ano Novo, na hora do almoço, com o que me restou de fígado, ainda consumia doses industriais, num almoço com amigos e familiares, quando alguém ligou a tevê. Não vi, mas ouvi o Sarney cantando o hino nacional. Quase fui vomitar lá no banheiro da edícula.
Já que a Dilma está eleita, agora é esperar que ela coloque o pau na mesa, literalmente, e fale grosso com quem é preciso. Eu começaria por esses usineiros filhos da puta, que amontoam benefícios concedidos pelo governo, mas colocam o preço do etanol na estratosfera, sempre com aquela conversa mole da entressafra...