Piadas, poemas e porradas sobre o mundo das coisas e as coisas do mundo. Uma visão desconcertante de tudo o que se imaginava consertado. A prova acabada de que a vida é uma batalha inútil... miltonritzmann@bol.com.br
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Grupo de risco
OS FILHOS de um amigo nosso foram pegos ouvindo a Voz do Brasil durante dois dias seguidos. Suspeita-se que os pequenos estejam realizando alguma experiência com drogas.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Manchetes dos jornais em 2037 II
“Depois de 35 anos de estudo, pesquisadores afirmam: dieta e exercícios são a chave para perder peso”.
“Polícia prende lojistas que vendiam CDs e DVDs autênticos ontem no centro de São Paulo”.
“Governo ainda não sabe o que construir no lugar do Congresso Nacional, que afundou no mar de lama em agosto passado”.
“Estudo mostra que 67% dos beneficiados pelo Fome Zero já sofrem de obesidade mórbida”.
“Microsoft anuncia que aperfeiçoou a mais nova versão do Windows. Agora ele dá pau antes de a instalação ser completada”.
“Xuxa engravida aos 78. Amigos da terceira idade se recusam a fazer exame de DNA”.
“Governo admite que não tem como resolver o apagão aéreo”.
“Conservado por criogenia, FHC admite concorrer em 2038”.
“Polícia prende lojistas que vendiam CDs e DVDs autênticos ontem no centro de São Paulo”.
“Governo ainda não sabe o que construir no lugar do Congresso Nacional, que afundou no mar de lama em agosto passado”.
“Estudo mostra que 67% dos beneficiados pelo Fome Zero já sofrem de obesidade mórbida”.
“Microsoft anuncia que aperfeiçoou a mais nova versão do Windows. Agora ele dá pau antes de a instalação ser completada”.
“Xuxa engravida aos 78. Amigos da terceira idade se recusam a fazer exame de DNA”.
“Governo admite que não tem como resolver o apagão aéreo”.
“Conservado por criogenia, FHC admite concorrer em 2038”.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Novas Novelas
DESCARADOS DO PLANALTO – No capítulo de hoje, Dilma flagra mais dois ministros comprando manjuba na feira livre com cartão corporativo. Trava-se violento bate-boca, pois a ministra afirma que o vale-manjuba está em vias de ser lançado como complemento do Bolsa Família. Gilberto Gil chega na casa de Caetano e o convida para assumir o Ministério da Frescura, mas este nega pretextando torcicolo no lóbulo auricular. Renan procura Mônica Veloso para fazer as pazes, mas a encontra nos braços de outro senador. Cena de pancadaria. Lobão assume o Ministério das Minas e Energia e desmente caso com Chapeuzinho Vermelho. Lula volta de viagem e convida Michel Temer para a inauguração da Vila Sésamo. Lobão troca Chapeuzinho por Branca de Neve, mas esta foge com os anões do orçamento.
Manchetes dos jornais em 2037
“Ozônio criado por carro elétrico mata milhares de pessoas no maior deserto do Brasil, a Amazônia”.
“Minorias brancas lutam para manter o português como língua oficial no Rio e em São Paulo”.
“Perplexidade no mundo científico: mais um bebê é concebido de forma natural”.
“Pincher alterado geneticamente devora Pitbull”.
“Celular autêntico de 1998 é leiloado por US$ 4,6 milhões”.
“EUA continuam sem nenhuma pista de Bin Laden”.
“Iraque continua fechado. Especialistas calculam que vai demorar pelo menos dez anos para os níveis de radioatividade voltar ao normal”.
“Lula descarta qualquer possibilidade de um oitavo mandato”.
“Fidel Castro morre aos 112 anos. Charuto cubano pode ser comercializado livremente, mas último fumante do planeta morreu de câncer na traquéia, no mês passado, na Indonésia”.
“Minorias brancas lutam para manter o português como língua oficial no Rio e em São Paulo”.
“Perplexidade no mundo científico: mais um bebê é concebido de forma natural”.
“Pincher alterado geneticamente devora Pitbull”.
“Celular autêntico de 1998 é leiloado por US$ 4,6 milhões”.
“EUA continuam sem nenhuma pista de Bin Laden”.
“Iraque continua fechado. Especialistas calculam que vai demorar pelo menos dez anos para os níveis de radioatividade voltar ao normal”.
“Lula descarta qualquer possibilidade de um oitavo mandato”.
“Fidel Castro morre aos 112 anos. Charuto cubano pode ser comercializado livremente, mas último fumante do planeta morreu de câncer na traquéia, no mês passado, na Indonésia”.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Respeito ao consumidor!
Os jornais trouxeram, dia desses, reportagem mostrando aquilo que todo mundo está careca de saber: que as empresas de telefonia continuam campeãs isoladas em matéria de reclamações no Procon. Um grande volume de reclamações chega a essas empresas, mas elas não dão a mínima. Maltratam e humilham o consumidor, que acaba se cansando de ficar na linha e se conforma com o aparelho estragado ou o serviço de má qualidade. Desses, uma parcela menor apela ao Procon, que resolve o problema de uns e deixam outros a ver navios. Uma parcela menor ainda, depois do Procon, apela à Justiça. E a gente já sabe o que é a Justiça no Brasil.
Estamos enviando aos deputados federais a sugestão de um projeto de lei assim: cada empresa que tiver determinado volume de reclamações no Procon será obrigada, sempre que veicular um anúncio, a pôr uma advertência no final, mais ou menos como é feito hoje com os cigarros. Imagina a cena: determinada empresa de telefone celular põe um anúncio na tevê: “Neste dia das mães, não deixe sua mãe falando sozinha. Dê um celular de presente para ela. Conheça os nossos modelos e as nossas condições de pagamento”. Em seguida vem a advertência: “O Saco – Serviço de Advertência ao Consumidor – informa: esta empresa vende aparelhos com defeitos, depois deixa seus clientes feito um bando de otários ligando o dia inteiro para suas centrais telefônicas, quase sempre congestionadas e com atendentes que têm QI de marmota narcolétptica”.
Ou então um anúncio de carro. “Se você não dirigiu um dos nossos novos modelos, não sabe o que é conforto e tecnologia. Agora na versão Total Flex, para você ter mais liberdade na hora de abastecer”. Aí entra o alerta: “Atenção, o Saco – Serviço de Alerta ao Consumidor – informa: essa montadora vem recebendo em média 43 mil reclamações por mês ao longo deste ano. Se você quiser comprar uma carroça, vá em frente. Só não reclame depois por ter feito papel de burro”.
Por fim, imagine certas propagandas de remédio: “Se aquela dor de cabeça demora pra passar, tome o composto de Gorgoreba, que é 100% natural. Tome o composto de Gorgoreba e diga adeus à enxaqueca!”. Daí entra o alerta: “O Saco – Serviço de Alerta ao Consumidor – informa: esse medicamento causa frieira, irritação no couro cabeludo e, em caso de uso prolongado, flacidez crônica no corpo cavernoso!”.
Que tal?
Estamos enviando aos deputados federais a sugestão de um projeto de lei assim: cada empresa que tiver determinado volume de reclamações no Procon será obrigada, sempre que veicular um anúncio, a pôr uma advertência no final, mais ou menos como é feito hoje com os cigarros. Imagina a cena: determinada empresa de telefone celular põe um anúncio na tevê: “Neste dia das mães, não deixe sua mãe falando sozinha. Dê um celular de presente para ela. Conheça os nossos modelos e as nossas condições de pagamento”. Em seguida vem a advertência: “O Saco – Serviço de Advertência ao Consumidor – informa: esta empresa vende aparelhos com defeitos, depois deixa seus clientes feito um bando de otários ligando o dia inteiro para suas centrais telefônicas, quase sempre congestionadas e com atendentes que têm QI de marmota narcolétptica”.
Ou então um anúncio de carro. “Se você não dirigiu um dos nossos novos modelos, não sabe o que é conforto e tecnologia. Agora na versão Total Flex, para você ter mais liberdade na hora de abastecer”. Aí entra o alerta: “Atenção, o Saco – Serviço de Alerta ao Consumidor – informa: essa montadora vem recebendo em média 43 mil reclamações por mês ao longo deste ano. Se você quiser comprar uma carroça, vá em frente. Só não reclame depois por ter feito papel de burro”.
Por fim, imagine certas propagandas de remédio: “Se aquela dor de cabeça demora pra passar, tome o composto de Gorgoreba, que é 100% natural. Tome o composto de Gorgoreba e diga adeus à enxaqueca!”. Daí entra o alerta: “O Saco – Serviço de Alerta ao Consumidor – informa: esse medicamento causa frieira, irritação no couro cabeludo e, em caso de uso prolongado, flacidez crônica no corpo cavernoso!”.
Que tal?
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Só assim pra resistir!
Depois da praia, a pior tentação para um canibal é o carnaval. É uma festança de carne que não tem fim. Bundas de todas as formas e cores, peitos, coxas e tudo o mais, exibido no horário nobre, nas primeiras páginas dos jornais, uma tentação. Por isso, optei por esse exílio voluntário. Antes se dizia que a juventude queria mesmo era sexo, drogas e rock'n'roll. Neste exato momento, no Brasil, a palavra de ordem é sexo, cachaça e samba. Eu optei por outra fórmula: livros, ópera e cama. Pode ser que não resista à tentação e saia hoje à noite, até porque ouvi dizer que lá pelas 9 haverá ensaio aqui ao lado do Massa Corrida. Esse grupo musical devia ser desmantelado pelas organizações dos direitos humanos...
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Tá explicado!
Então é assim: o mecanismo para postar comentários no blog está bichado. Tão bichado que eu próprio não consegui postar nada. Vamos efetuar os reparos nos próximos dias. E também criar um link para e-mail direto com o autor. Avante!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Comente e concorra!
O Google Analytics me mostra que o índice de leitores deste blog já ultrapassou os três acessos diários, contando com o meu. É exagero, claro. "Por que ninguém que acessa seu blog deixa qualquer comentário?", questiona uma amiga. Pois é: por quê?
Então vamos fazer o seguinte: os que entrarem aqui e postarem o comentário mais interessante vão concorrer a três prêmios. O primeiro deles é um dicionário de Língua Portuguesa, editado no início da década de 70. Detalhe: pertenceu ao Lula. Claro, está novinho. Segundo prêmio: uma passagem, só de ida, para São João do Bê-a-bá, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Suriname. Terceiro prêmio, um CD, versão demo, do grupo Massa Corrida.
É pegar ou largar!
Então vamos fazer o seguinte: os que entrarem aqui e postarem o comentário mais interessante vão concorrer a três prêmios. O primeiro deles é um dicionário de Língua Portuguesa, editado no início da década de 70. Detalhe: pertenceu ao Lula. Claro, está novinho. Segundo prêmio: uma passagem, só de ida, para São João do Bê-a-bá, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Suriname. Terceiro prêmio, um CD, versão demo, do grupo Massa Corrida.
É pegar ou largar!
Missão Impossível
Este título aí em cima é mais do que o nome de um filme bastante popular. É a condição em que todos nos encontramos uma hora ou outra, seja no ambiente familiar, seja na vida profissional. Exemplo é o empresário que contratou uma especialista em gerenciamento de recursos e foi avisando:
- Eu preciso de você para cortar 15% do salário de todo mundo, mas quero que você faça isso de forma que pareça uma recompensa.
- Eu preciso de você para cortar 15% do salário de todo mundo, mas quero que você faça isso de forma que pareça uma recompensa.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Espírito de porco
UM IRAQUIANO, que migrou para os EUA nos anos 70 e trabalha como taxista, fazia uma corrida pelas ruas de Nova York, quando o passageiro viu uma máscara no painel. Vendo a curiosidade do passageiro, o taxista comentou:
- É para o caso de um dia cair uma bomba atômica em Nova York.
O passageiro estranhou:
- Uma máscara não vai salvar o senhor de uma bomba atômica.
E o taxista:
- Eu sei. Mas é só para esconder o sorriso.
- É para o caso de um dia cair uma bomba atômica em Nova York.
O passageiro estranhou:
- Uma máscara não vai salvar o senhor de uma bomba atômica.
E o taxista:
- Eu sei. Mas é só para esconder o sorriso.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Enviada por leitor:
A QUEIMA ROUPA
TER AS PALAVRAS certas na hora de dispensar alguém é fundamental. Muitos conflitos trabalhistas surgem justamente em função de colocações mal feitas neste momento tão delicado dos relacionamentos profissionais. Por exemplo, contam que um patrão chegou há dias para determinado funcionário e disse, a queima roupa:
- Lamento informar, mas nós conseguimos encontrar alguém que toma café e fala sobre futebol o dia inteiro por menos da metade do que você ganha...
- Lamento informar, mas nós conseguimos encontrar alguém que toma café e fala sobre futebol o dia inteiro por menos da metade do que você ganha...
I'm back!
Sobrevivi. E aprendi que carro a gente não empresta, seja lá pra quem for. Espero retomar as atividades normais a partir de hoje, inclusive normalizando os posts por aqui. Adiante.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Final de semana no lixo
Como já havia anunciado, estou fazendo curso de reciclagem desde ontem. Por emprestar o carro a uma pessoa irresponsável, sofri multas que somaram mais de 20 pontos e não indiquei o condutor dentro do prazo. Fiquei ontem das 19 às 23 horas. Hoje, das 8 às 19 horas. E amanhã, das 8 às 19 de novo. Agora já tomei duas cervejas e vou ver se tiro um cochilo lá no fundão da sala. Se não morrer de tédio, é possível que ainda mate alguém até o final disso tudo.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Seria cômico, não fosse trágico
“SE VOCÊ ACHA que os nossos vereadores, deputados e senadores são os campeões em criar leis sem sentido, precisa conhecer o que fazem os concorrentes americanos”. Assim começa texto que recebemos da Editora Matrix, divulgando o livro “É Proibido Amarrar Jacarés aos Hidrantes”. São 160 páginas, com um panorama sobre as leis mais absurdas já elaboradas nos EUA.
OOO
POR EXEMPLO, em Pacific Grove, na Califórnia, é proibido molestar borboletas; esquecer-se de fechar uma porteira é contra a lei, em Nevada; empinar pipas é um ato ilegal em Schaumburg, Illinois; e bater ou sacudir tapetes na rua, para tirar-lhes a poeira, é estritamente proibido, em Cambridge, Massachusetts.
OOO
MUTOS TEXANOS ficarão surpresos ao saberem que, por lei, os cabos de suas enxadas não podem medir menos do que 1,22 m de comprimento. Talvez ainda mais perturbadora seja a revelação de que os cidadãos de Indiana não podem ficar sexualmente excitados em público, sob pena de irem para a cadeia. Ainda de acordo com o livro, em Illinois, escutar clandestinamente suas próprias conversas é um crime. Na Virginia, é ilegal cuspir em qualquer calçada. No Alabama, é ilegal embebedar um animal em praça pública. Para entrarem no Kentucky, as abelhas precisam ter “atestado de saúde”.
OOO
SÃO CRIATIVOS esses gringos. Mas continuam perdendo feio para nós. Afinal de contas, em que outro país se encontra vereador querendo revogar a lei da gravidade ou querendo obrigar a pintura de chifres e cascos de animais com tinta fluorescente para evitar acidentes à noite nas estradas?
OOO
POR EXEMPLO, em Pacific Grove, na Califórnia, é proibido molestar borboletas; esquecer-se de fechar uma porteira é contra a lei, em Nevada; empinar pipas é um ato ilegal em Schaumburg, Illinois; e bater ou sacudir tapetes na rua, para tirar-lhes a poeira, é estritamente proibido, em Cambridge, Massachusetts.
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MUTOS TEXANOS ficarão surpresos ao saberem que, por lei, os cabos de suas enxadas não podem medir menos do que 1,22 m de comprimento. Talvez ainda mais perturbadora seja a revelação de que os cidadãos de Indiana não podem ficar sexualmente excitados em público, sob pena de irem para a cadeia. Ainda de acordo com o livro, em Illinois, escutar clandestinamente suas próprias conversas é um crime. Na Virginia, é ilegal cuspir em qualquer calçada. No Alabama, é ilegal embebedar um animal em praça pública. Para entrarem no Kentucky, as abelhas precisam ter “atestado de saúde”.
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SÃO CRIATIVOS esses gringos. Mas continuam perdendo feio para nós. Afinal de contas, em que outro país se encontra vereador querendo revogar a lei da gravidade ou querendo obrigar a pintura de chifres e cascos de animais com tinta fluorescente para evitar acidentes à noite nas estradas?
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Puxa-saco no pedaço!
A rua
Toda rua tem seu curso
Tem seu leito de água clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba
De uma rua, de uma rua
Eu lembro agora
Que o tempo, ninguém mais
Ninguém mais canta
Muito embora de cirandas
(Oi, de cirandas)
E de meninos correndo
Atrás de bandas
Atrás de bandas que passavam
Como o rio Parnaíba
O rio manso
Passava no fim da rua
E molhava seus lajedos
Onde a noite refletia
O brilho manso
O tempo claro da lua
Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Ê, Parnaíba passando
Separando a minha rua
Das outras, do Maranhão
De longe pensando nela
Meu coração de menino
Bate forte como um sino
Que anuncia procissão
Ê, minha rua, meu povo
Ê, gente que mal nasceu
Das Dores, que morreu cedo
Luzia, que se perdeu
Macapreto, Zé Velhinho
Esse menino crescido
Que tem o peito ferido
Anda vivo, não morreu
Ê, Pacatuba
Meu tempo de brincar já foi-se embora
Ê, Parnaíba
Passando pela rua até agora
Agora por aqui estou com vontade
E eu volto pra matar esta saudade
Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Torquato Neto
Tem seu leito de água clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba
De uma rua, de uma rua
Eu lembro agora
Que o tempo, ninguém mais
Ninguém mais canta
Muito embora de cirandas
(Oi, de cirandas)
E de meninos correndo
Atrás de bandas
Atrás de bandas que passavam
Como o rio Parnaíba
O rio manso
Passava no fim da rua
E molhava seus lajedos
Onde a noite refletia
O brilho manso
O tempo claro da lua
Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Ê, Parnaíba passando
Separando a minha rua
Das outras, do Maranhão
De longe pensando nela
Meu coração de menino
Bate forte como um sino
Que anuncia procissão
Ê, minha rua, meu povo
Ê, gente que mal nasceu
Das Dores, que morreu cedo
Luzia, que se perdeu
Macapreto, Zé Velhinho
Esse menino crescido
Que tem o peito ferido
Anda vivo, não morreu
Ê, Pacatuba
Meu tempo de brincar já foi-se embora
Ê, Parnaíba
Passando pela rua até agora
Agora por aqui estou com vontade
E eu volto pra matar esta saudade
Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Torquato Neto
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Passarinho bêbado
UM LEITOR NOS MANDA cópia de notícia segundo a qual especialistas que examinaram 40 passarinhos encontrados mortos em Viena disseram que eles não foram vitimados pela gripe aviária, como se temia inicialmente, mas que se chocaram contra janelas, depois de se embebedarem ao comer frutas fermentadas. Os pássaros – cujos restos foram cuidadosamente examinados – tinham fígados tão ruins que “pareciam alcoólatras crônicos”, disse Sonja Wehsely, porta-voz da autoridade de saúde animal de Viena.
A boa notícia é que um passarinho desses, torrado, vira um petisco que dispensa até a bebida. Já vem com cachaça embutida...
A boa notícia é que um passarinho desses, torrado, vira um petisco que dispensa até a bebida. Já vem com cachaça embutida...
Para o Altíssimo
UMA PROFESSORA pediu aos seus alunos que escrevessem um bilhetinho para Deus. Isso resultou em algumas mensagens engraçadas.
“Caro Deus, quem foi que desenhou as linhas em volta dos países?”, perguntou uma garota chamada Nara.
“Querido Deus, muito obrigado pelo meu irmãozinho, mas o que eu pedi na minha oração foi um Playstation 2. Wildemar”.
“Querido Deus, choveu durante todo o mês de férias, o que deixou o meu pai louco. Ele disse umas coisas a seu respeito que uma pessoa não deveria dizer. Apesar disso, espero que o senhor não faça nada de mal com ele. Seu amiguinho (também não vou dizer quem eu sou)”.
“Caro Deus, quem foi que desenhou as linhas em volta dos países?”, perguntou uma garota chamada Nara.
“Querido Deus, muito obrigado pelo meu irmãozinho, mas o que eu pedi na minha oração foi um Playstation 2. Wildemar”.
“Querido Deus, choveu durante todo o mês de férias, o que deixou o meu pai louco. Ele disse umas coisas a seu respeito que uma pessoa não deveria dizer. Apesar disso, espero que o senhor não faça nada de mal com ele. Seu amiguinho (também não vou dizer quem eu sou)”.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Desrespeito nos bancos
SE OS BANQUEIROS pudessem, mandavam embora todos os funcionários e substituiriam por máquinas que a gente entupiria de dinheiro para eles. Porque máquina não precisa de hora extra, nem 13º salário. Máquinas não param para o almoço, nem sofrem de depressão. A julgar pelo que a gente vê nos bancos, esse processo já está em andamento.
OOO
HOJE, POR EXEMPLO, apenas dois caixas atendiam na hora do almoço, na agência do Itaú aqui perto. Há cinco guichês disponíveis, mas apenas duas moças dividiam toda a tarefa. Detalhe: uma delas fica praticamente o tempo todo ocupada no “Atendimento prioritário”, ou seja, dando atenção para idosos, deficientes físicos e gestantes. A outra cuida do resto. E como a gente se sente “resto”, hoje em dia, ao entrar numa agência bancária.
OOO
NO PRIMEIRO semestre de 2007, o lucro líquido do Itaú somou R$ 4,016 bilhões, acima dos R$ 2,958 bilhões dos primeiros seis meses de 2006 e acima dos R$ 4,007 bilhões divulgados pelo Bradesco. Cito 2007 porque em 2008 já se falava em crise, mas o lucro dos bancos continuou bem, obrigado. De acordo com estudo da consultoria Economática, o resultado pelo Itaú naquele período passou a ser o maior obtido por um banco privado brasileiro nos últimos 20 anos. Coitadinho do Banco Real: na mesma época apresentou lucrou líquido de apenas R$ 2,2 bilhões de janeiro a setembro desse ano e, mesmo crescendo 77% em relação ao mesmo período do ano anterior, acabou engolido pelo Santander, que passava a ser o terceiro maior banco do Brasil.
Apesar disso, ninguém quer investir mais nessa coisa antiquada e obsoleta chamada ser humano.
OOO
É VERDADE: nos últimos anos, ao cabo de muito esforço, as coisas melhoraram nas agências: muitas adotaram o sistema de senha, as pessoas ficam acomodadas em cadeiras, há até quem ofereça um chazinho com bolachas. Mas, se quiserem ser mesmo honestos com seus clientes, os bancos, em sua maioria, deveriam pôr em suas propagandas as filas, a irritação de quem perde o horário de almoço tentando pagar um título vencido e até os pobres coitados que imaginam ter “Atendimento prioritário”, mas que, pela precariedade de recursos humanos, também acabam na fila dos idosos, das gestantes e dos deficientes físicos.
Exatamente como o resto.
OOO
HOJE, POR EXEMPLO, apenas dois caixas atendiam na hora do almoço, na agência do Itaú aqui perto. Há cinco guichês disponíveis, mas apenas duas moças dividiam toda a tarefa. Detalhe: uma delas fica praticamente o tempo todo ocupada no “Atendimento prioritário”, ou seja, dando atenção para idosos, deficientes físicos e gestantes. A outra cuida do resto. E como a gente se sente “resto”, hoje em dia, ao entrar numa agência bancária.
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NO PRIMEIRO semestre de 2007, o lucro líquido do Itaú somou R$ 4,016 bilhões, acima dos R$ 2,958 bilhões dos primeiros seis meses de 2006 e acima dos R$ 4,007 bilhões divulgados pelo Bradesco. Cito 2007 porque em 2008 já se falava em crise, mas o lucro dos bancos continuou bem, obrigado. De acordo com estudo da consultoria Economática, o resultado pelo Itaú naquele período passou a ser o maior obtido por um banco privado brasileiro nos últimos 20 anos. Coitadinho do Banco Real: na mesma época apresentou lucrou líquido de apenas R$ 2,2 bilhões de janeiro a setembro desse ano e, mesmo crescendo 77% em relação ao mesmo período do ano anterior, acabou engolido pelo Santander, que passava a ser o terceiro maior banco do Brasil.
Apesar disso, ninguém quer investir mais nessa coisa antiquada e obsoleta chamada ser humano.
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É VERDADE: nos últimos anos, ao cabo de muito esforço, as coisas melhoraram nas agências: muitas adotaram o sistema de senha, as pessoas ficam acomodadas em cadeiras, há até quem ofereça um chazinho com bolachas. Mas, se quiserem ser mesmo honestos com seus clientes, os bancos, em sua maioria, deveriam pôr em suas propagandas as filas, a irritação de quem perde o horário de almoço tentando pagar um título vencido e até os pobres coitados que imaginam ter “Atendimento prioritário”, mas que, pela precariedade de recursos humanos, também acabam na fila dos idosos, das gestantes e dos deficientes físicos.
Exatamente como o resto.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Torquato
O Brasil é um país que adora virar as costas para o que tem de bom. Indiferença de uns, falta de sensibilidade de outros, mas, sobretudo, ignorância por parte da imensa maioria. Por exemplo, no Brasil se lê pouca poesia. Entrei nesta semana numa livraria e o proprietário me disse que vem comprando cada vez menos livros de poemas. "Quase não vende. Tenho livros aqui da Cecília Meireles, do João Cabral, Drummond e outros ainda do tempo em que abri a livraria, há mais de oito anos", desabafou.
O que vende? Os livros de auto-ajuda. Também uma série com fotos de animais e frases supostamente bem-humoradas a título de legenda. É de um autor das estranjas, que inclusive veio recentemente ao Brasil para conhecer o povo que consomo seus livros aos milhões de exemplares. Vontade de tomar um copo de Baygon...
Reparou que ninguém mais lê Paulo Leminski ou Torquato Neto, por exemplo? Só de raiva, aí vai um legítimo Torquato para iluminar essa manhã de sábado:
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.
O que vende? Os livros de auto-ajuda. Também uma série com fotos de animais e frases supostamente bem-humoradas a título de legenda. É de um autor das estranjas, que inclusive veio recentemente ao Brasil para conhecer o povo que consomo seus livros aos milhões de exemplares. Vontade de tomar um copo de Baygon...
Reparou que ninguém mais lê Paulo Leminski ou Torquato Neto, por exemplo? Só de raiva, aí vai um legítimo Torquato para iluminar essa manhã de sábado:
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.
Espinho no pé
Ops! Dois dias sem postar nada aqui. E não vale dizer que estive em regiões remotas do planeta, longe dos recursos da internet. Estive exatamente aqui, mas desfrutando das delícias das férias, que são assim como um domingo atrás do outro. E o melhor: sem Faustão!
Ontem fui pescar com dois sobrinhos. Não é propriamente um programa de canibal, mas foi divertido. Pegamos quase oito quilos de tilápia. Gosto de ver o bicho se debatendo na água, depois pulando igual o capeta, quando é retirado e jogado na grama, lutando contra a morte nos estertores da agonia. O lado chato foi que uma delas pulou mais forte quando titrada do anzol e me furou o lado do pé direito com aquela cartilagem espinhosa que tem no dorso. Eu estava de sandália e as crianças ficaram horrorizadas com o sangue. Me vinguei à noite, comendo filé de tilápia com cerveja gelada.
Vidão! Pena que a gente também morre.
Ontem fui pescar com dois sobrinhos. Não é propriamente um programa de canibal, mas foi divertido. Pegamos quase oito quilos de tilápia. Gosto de ver o bicho se debatendo na água, depois pulando igual o capeta, quando é retirado e jogado na grama, lutando contra a morte nos estertores da agonia. O lado chato foi que uma delas pulou mais forte quando titrada do anzol e me furou o lado do pé direito com aquela cartilagem espinhosa que tem no dorso. Eu estava de sandália e as crianças ficaram horrorizadas com o sangue. Me vinguei à noite, comendo filé de tilápia com cerveja gelada.
Vidão! Pena que a gente também morre.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
O nome do país é Brasil
Enquanto isso, numa repartição pública de Brasília:
- Você é uma pessoa culta, muito competente, honesta e incapaz de contar uma mentira. Isso é uma vergonha. Sinceramente, nós esperávamos mais de você...
- Você é uma pessoa culta, muito competente, honesta e incapaz de contar uma mentira. Isso é uma vergonha. Sinceramente, nós esperávamos mais de você...
Para rir ou chorar
Um iraquiano, que migrou para os EUA nos anos 70 e trabalha como taxista, fazia uma corrida pelas ruas de Nova York, quando o passageiro viu uma máscara no painel. Vendo a curiosidade do passageiro, o taxista comentou:
- É para o caso de um dia cair uma bomba atômica em Nova York.
O passageiro estranhou:
- Uma máscara não vai salvar o senhor de uma bomba atômica.
E o taxista:
- Eu sei. Mas é só para esconder o sorriso.
- É para o caso de um dia cair uma bomba atômica em Nova York.
O passageiro estranhou:
- Uma máscara não vai salvar o senhor de uma bomba atômica.
E o taxista:
- Eu sei. Mas é só para esconder o sorriso.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Ninguém merece!
No flagrante, uma das nossas vizinhas depois de ter que suportar a um dos ensaios da banda Massa Corrida. Soube, após trocar três palavras e cinco mordidas com a vizinha, que ela foi levada numa camisa de força e internada num manicômio, acometida de loucura furiosa. Apesar disso, a Massa Corrida continua ensaiando impunemente, aos sábados e domingos, e a qualquer momento, durante a semana, em edição extraordinária...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Doe-se de corpo e alma
Há algum tempo, a revista “Piauí” trouxe interessante reportagem sobre a grande demanda por cadáveres nas escolas de medicina e as dificuldades criadas pela legislação e pela cultura brasileira. O texto lembrava, entre outras coisas, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Anatomia e bons professores, o ideal é que se tenha um cadáver inteiro – também chamado de “fresco” ou “novo”, isto é, não trabalhado por turmas anteriores – para cada grupo de seis alunos. É mole?
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Só no Estado de São Paulo, são 28 escolas médicas, cerca de 2.700 novos alunos a cada ano. Por essa conta, seriam necessários cerca de 500 corpos. Como no resto do país há outras 130 faculdades de medicina, com cerca de 12.200 alunos, o ensino médico nacional tem uma demanda anual de pelo menos 2.000 cadáveres. Richard Halti Cabral, 33 anos,então presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia, disse que um cadáver para seis alunos já seria “muito bom”. “Mas o ideal, ideal, seria um cadáver para dois alunos, porque cada corpo tem duas pernas, dois braços, o que daria um membro para cada estudante.”
Se faltar, sempre pode aparecer um cadáver ou outro disposto a dar uma mãozinha.
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Conhecida como “Piscinão” pelas suas dimensões, a geladeira do serviço de dissecação da USP tem espaço para abrigar 50 corpos, enquanto o Instituto Médico Legal central de São Paulo, por exemplo, tem capacidade para apenas 36. Parodiando o pessoal do Casseta, pode-se dizer que brasileiro é assim: até na hora da exumação do cadáver quer tirar o corpo fora.
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A reportagem prossegue dizendo que o uso de cadáveres em estudo e a dificuldade em obtê-los remontam a períodos medievais, quando pesquisadores roubavam corpos de cemitérios. No Brasil, até os anos 60, os hospitais psiquiátricos eram os grandes fornecedores de corpos para pesquisa. Para Belo Horizonte iam os cadáveres do manicômio de Barbacena; para o Rio, os da Colônia Juliano Moreira, para São Paulo, os
do Juqueri. “Eram os campos de concentração da época. Cadáveres aos montes, não reclamados por ninguém”, afirmou o professor Benedito Toledo, 68 anos, chefe da anatomia da Universidade Federal Gama Filho, do Rio de Janeiro.
Hoje, com a escassez, certamente será preciso promover cortes profundos nas aulas de dissecação de cadáver. Se necessário, cortes na própria carne.
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Só no Estado de São Paulo, são 28 escolas médicas, cerca de 2.700 novos alunos a cada ano. Por essa conta, seriam necessários cerca de 500 corpos. Como no resto do país há outras 130 faculdades de medicina, com cerca de 12.200 alunos, o ensino médico nacional tem uma demanda anual de pelo menos 2.000 cadáveres. Richard Halti Cabral, 33 anos,então presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia, disse que um cadáver para seis alunos já seria “muito bom”. “Mas o ideal, ideal, seria um cadáver para dois alunos, porque cada corpo tem duas pernas, dois braços, o que daria um membro para cada estudante.”
Se faltar, sempre pode aparecer um cadáver ou outro disposto a dar uma mãozinha.
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Conhecida como “Piscinão” pelas suas dimensões, a geladeira do serviço de dissecação da USP tem espaço para abrigar 50 corpos, enquanto o Instituto Médico Legal central de São Paulo, por exemplo, tem capacidade para apenas 36. Parodiando o pessoal do Casseta, pode-se dizer que brasileiro é assim: até na hora da exumação do cadáver quer tirar o corpo fora.
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A reportagem prossegue dizendo que o uso de cadáveres em estudo e a dificuldade em obtê-los remontam a períodos medievais, quando pesquisadores roubavam corpos de cemitérios. No Brasil, até os anos 60, os hospitais psiquiátricos eram os grandes fornecedores de corpos para pesquisa. Para Belo Horizonte iam os cadáveres do manicômio de Barbacena; para o Rio, os da Colônia Juliano Moreira, para São Paulo, os
do Juqueri. “Eram os campos de concentração da época. Cadáveres aos montes, não reclamados por ninguém”, afirmou o professor Benedito Toledo, 68 anos, chefe da anatomia da Universidade Federal Gama Filho, do Rio de Janeiro.
Hoje, com a escassez, certamente será preciso promover cortes profundos nas aulas de dissecação de cadáver. Se necessário, cortes na própria carne.
Zumbis
NAÇÃO ZUMBI é o que somos. Vagamos de um lado para o outro, indiferentes às grandes sacanagens que aprontam com esse país. E como zumbis que somos – ou estamos nos transformando – não será de se estanhar, no futuro, quando ouvirmos pelas ruas frases desse tipo:
- Querida, não adianta usar Hipogloss no bebê. Ele conseguiu essas assaduras dentro do microondas.
- Quem te deu permissão para vir aqui matar e comer as minhas vítimas?
- Não precisa usar sempre a violência. De vez em quando, formicida no arroz também funciona.
- Lembro quando nós nos conhecemos. Você tinha uma aparência vagamente humana.
- Quando eu me assustei já era tarde demais.
- Amor, coça meu intestino?
- Querida, não adianta usar Hipogloss no bebê. Ele conseguiu essas assaduras dentro do microondas.
- Quem te deu permissão para vir aqui matar e comer as minhas vítimas?
- Não precisa usar sempre a violência. De vez em quando, formicida no arroz também funciona.
- Lembro quando nós nos conhecemos. Você tinha uma aparência vagamente humana.
- Quando eu me assustei já era tarde demais.
- Amor, coça meu intestino?
Voltei
Só canibal masoquista vai para a praia. Os corpos nus na areia fazem a coisa parecer uma grande feira. Uma megaexposição de dorsos, umbigos, bundas, coxas, peitos e todas essas coisas indispensáveis para uma boa refeição. E as criancinhas brincando de fazer castelo com baldinho e pazinha? Uma mais fofinha que a outra. Dá vontade devorar umas três de cada vez. Mas estou mais para canibal anoréxico. Fiquei uma semana na praia e, acredite, voltei sem comer ninguém...
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