quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pacto é o caralho!



Sinceramente, me impressiona como o poder, em cada época, elege certas palavras e expressões e as explora à exaustão. No passado, vimos isso ocorrer com "qualidade de vida", "resgate da cidadania" e tantas outras. Cada vez que eu abria o jornal e via uma dessas expressões, ou ligava o rádio ou a tevê e ouvia alguém empregando esses termos, sentia uma urticária se espalhando por todo o corpo. Lula chegou ao poder e as expressões esfarrapadas deram lugar a outras, como "inclusão social", "culpa da zelite" e "nunca antes na história deste país".
Com Lula - e agora com Dilma - também se emprega de forma insistente e irritante a palavra "pacto". Tudo é motivo para fazer um pacto. "Precisamos fazer um pacto pelo desenvolvimento", "Vamos lançar um pacto contra a fome", "Que tal um pacto pela moralidade?". Eu acho que algum processo de degeneração mental é desencadeado, em maior ou menor grau, com toda pessoa que atinge o poder. Uma das manifestações inequívocas disso é essa mania de escorar o discurso em palavras e expressões que, de tão usadas, acabam irritando. Na minha opinião, são aquele ponto em que o cérebro está em ponto morto, incapaz de produzir qualquer coisa que preste.
Se eu pudesse falar com os governantes, diria: "Vamos fazer um pacto? Ninguém mais fala em pacto nesta bosta de governo, certo?".

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Golpes baixos terão resposta à altura.