terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ecos do Natal entre os jazigos


Passei a noite do Natal no velório de um tio. Na tarde de sábado, todos os meus irmãos tiraram o cu da reta e eu tive que dar para minha mãe a notícia de que o seu irmão havia batido as botas.
Meu tio passou por uma cirurgia, conseqüência de uma infecção hospitalar contra a qual lutava havia anos. Estava há meses no hospital. Os médicos abriram, viram que a coisa era feia, fecharam e avisaram a família. Teve duas paradas cardíacas na noite de sexta. Minha mãe havia comprado tudo para fazer a ceia do Natal na casa dela, mas no sábado às 10h30 o irmão estava morto. Ele tinha 58 anos. O corpo só foi liberado por volta das 17 horas. Foi sepultado às 9 horas, no dia do Natal.
Eu bem que estava pessimista neste ano. Não pode ser totalmente feliz um Natal que cai num domingo. De quebra, voltou todo o meu pessimismo e aquela velha convicção de que a vida é uma batalha inútil. A frase, se não me engano, é de Hemingway.
Devia saber do que estava falando, já que se matou com um tiro de rifle na boca.

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Golpes baixos terão resposta à altura.