quinta-feira, 30 de julho de 2009

Justiça lenta, cega e burra


TODO MUNDO reclama da lentidão da Justiça. Quem é que já não foi vítima desse problema? Um leitor nos envia essa interessante história, que deve servir como tema para reflexão sobre o assunto:

Ao transitar pelos corredores do fórum, aquele advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório, lia-se: “Esselentíssimo Juiz”.
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou:
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?
Então explicou o catedrático:
- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer: “Esse lentíssimo juiz”.

Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz" sem antes perguntar:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?

Um comentário:

  1. Caro Milton Ritzmann, Excelente matéria! Tenho um caso sim, na justiça brasileira. Arrasta-se por sete anos e a justiça brasileira não consegue enxergar, apesar de todas as provas materiais incontentáveis para o caso. Sempre posto que: - “Justiça lenta é justiça negada”!
    Parabéns pelo “CASA do CANIBAL!” Biju Kikario -

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Golpes baixos terão resposta à altura.