segunda-feira, 19 de julho de 2010

Meu tipo inesquecível


Nesses tempos de Eclipse, Lua Nova e outras coisas do gênero, parece que a maioria das pessoas se esquece da lendária figura do Conde Drácula, que há pouco mais de 100 anos passou a atormentar a imaginação do mundo. Lembra o Livro do Maravilhoso e do Fantástico que "os sugadores de sangue dos quais ele se tornou o abominável chefe já existiam nas lendas da Europa desde o século IX". Hoje as pessoas têm mais medo do fiscal do Imposto de Renda.
Este nobre de presas salientes, prossegue o texto, emergiu das sombras em 1897 - nas páginas da novela Drácula, de autoria do esritor irlandês Bram Stocker. Segundo parece, Stoker baseou, em parte, seu diabólico personagem num verdadeiro e satânico tirano romeno, Vlad V, de cognome o Empalador, também conhecido por Draculae, a palavra romena para Filho do Diabo.
Vlad governou a Valáquia, atualmente pertencente à Romênia, entre os anos de 1452 e 1462. Diz que nesses dez anos mandou executar 40 mil pessoas - empalando-as em longas estacadas. Ninguém estava imune ao seu capricho brutal: cativos das suas guerras contra os invasores turcos, nobres que faziam parte da sua própria corte, mesmo sacerdotes e homens santos habitualmente reverenciados.
Era bem conhecido também pela sua brutalidade em assuntos diplomáticos. Uma vez mandou pregar um dos seus chinelos no crânio do embaixador turco, que enviou para Constantinopla numa padiola para expressar o seu desprezo pelos turcos.
Stoker, que nunca esteve na Transilvânia, mas procedeu a estudos no Museu Britânico para a sua produção literária, conhecia as lendas dos vampiros e sabia que, para matar um corpo "não morto", era necessário trespassar-lhe o coração com uma estaca. Sem anestesia, sem nada, como ainda se faz hoje pelo SUS em alguns hospitais...

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Golpes baixos terão resposta à altura.