sexta-feira, 8 de abril de 2011

O massacre da escola do Realengo



Vejo as cenas desse massacre no Rio de Janeiro e fico pensando no percentual de pessoas nesse mundo que teriam coragem de fazer a mesma coisa. Porque de forma alguma esse maluco é um vírus isolado, compreendido e bem explicado. Em outros países, isso vem ocorrendo com certa freqüência. Aí começo a pensar se por baixo desse verniz, ao qual damos o pomposo nome de civilização, não dorme em todos nós, com maior ou menor intensidade, a figura do carniceiro. Um dia esse monstro acorda. Aí invade um país, faz uma guerra, extermina um povo, fabrica bombas incendiárias ou simplesmente entra atirando numa lanchonete, num shopping ou numa escola.
O ser humano é o mais covarde e cruel dos animais. Como predador, ele está longe de ser como o leão ou o leopardo, que abatem sua presa e devora a carne fresca. O homem mata para comer depois - ou para comer os restos. É um carniceiro de quinta categoria, uma hiena. É o único que abate os da sua espécie. É o único que atira suas crias no lixo. É o único que mata por prazer - muitas vezes absolutamente convencido de que há nisso uma missão divina.
O atirador Wellington Oliveira era essa criatura com a qual todos temos medo de nos encontrar. Mas quanto de Wellington há em nós e quando de nós havia nele até que perdesse a noção e se transformasse naquilo que agora choca o Brasil e o mundo?

Um comentário:

  1. Parabéns pelo comentário. É realmente assustador.

    ResponderExcluir

Golpes baixos terão resposta à altura.