segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Morrer não precisa ser tão chato


QUE A MORTE é certa, todo mundo sabe. Nunca é demais lembrar, portanto, aos que se julgam donos do mundo, que cedo ou tarde eles acertarão contas com o destino. A morte é como um cachorro louco, esperando na sombra, pronta para dar o bote certeiro. Por isso soa até engraçado a notícia de que vimos recentemente, sobre a Funexpo, realizada no Guarujá. A feira para agentes funerários. O logotipo do evento é um caixão surfista pegando onda em uma prancha.
Diz que é coisa horrível de bonita.

REPORTAGEM de Daniel Bergamasco, da “Folha”, contou que as novidades do setor incluíram o caixão da Barbie, cor-de-rosa, com lacinhos no forro; outro modelo é mais carnavalesco (lilás, com paetês e renda purpurinada). Há lápides de plástico; maquiagem para defuntos em seis tons de pele e outras invencionices. Um dos expositores até contratou dançarinos de axé para animar o evento e rebolar diante dos caixões.
A gente até começa a pensar na possibilidade de morrer feliz da vida.

UM LEITOR lembra que o modelito de caixões para os políticos também podem avançar muito. Imagine, por exemplo, aqueles com mil compartimentos, gavetinhas e cuecas para levar carregamentos de dólares. Os egípcios queriam ser enterrados com objetos valiosos, acreditando que poderiam fazer uso deles na outra vida.
Com tanta múmia em Brasília, a coisa tem tudo pra fazer sucesso...

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Golpes baixos terão resposta à altura.