terça-feira, 9 de junho de 2009

Dedique uma canção a quem você ama


NÃO DÁ PRA SABER direito onde as coisas vão parar em termos de unidade familiar com as mudanças impostas nesses tempos. Unidade? Eu disse unidade? Parece que a palavra de ordem é justamente a fragmentação, o prejuízo do todo em favor do isolamento. Somos desconhecidos dentro das próprias casas, onde cada um tem a sua televisão, seu computador com Internet, seu videogame. Desconhecidos íntimos, que se cruzam casualmente na sala de jantar ou a caminho do banheiro. Dia desses, um amigo fez o seguinte desabafo:
- Eu acho que eu e minha mulher ainda vivemos dentro daquilo que se pode chamar de família. Convivemos sob o mesmo teto, trocamos palavras eventuais e, até onde sei, ainda não devoramos nossas crias.

TÃO DISTANTES ESTAMOS muitas vezes que acontece de pessoas da mesma família se estranharem em situações que antes eram normais. Há dias, numa roda de prosa, alguém contava a história do sujeito que, querendo fugir um pouco da rotina, levou a mulher para jantar num sofisticado restaurante. Lá pelas tantas, depois de um bom vinho, resolveram lembrar os tempos de namoro e passar em um motel. Chegando lá, foram se abraçado e trocando beijos. Quando ela começou a tirar a roupa, ele disse:
- Antes que isso fique mais sério, é bom lembrar que nós dois somos casados...

O QUE MAIS IMPRESSIONA é o conceito de durabilidade dos sentimentos nos dias atuais. Ontem nos contaram a história de um sujeito que segurava as mãos de uma frágil moçoila e se dirigia a ela nesses termos:
- Será que você não entende? Eu te amo, eu preciso muito de você. Eu quero passar o resto... das minhas férias com você!

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Golpes baixos terão resposta à altura.