sexta-feira, 1 de julho de 2011

À flor da pele



Fui aprovado no teste do caroço.
Fui recebido por uma dermatologista, que constatou ser apenas uma erupção aquela coisa que começou a surgir no lado direito do meu rosto, coisa que poderia virar um cisto, segundo ela. Por isso, aplicou anestesia local e cauterizou. Subiu fumaça. Como era mais de meio-dia, fiquei com fome ao sentir o cheiro da minha própria carne queimando. Autofagia é isso, o resto é apelido.
Dona Derma me recomendou um serviço de funilaria e pintura na testa que, além de uma cicatriz, provocada por um acidente na adolescência, anda vincada pelas marcas de expressão. Disse que o laser é menos invasivo e que uma plástica, nesta minha idade (sic), seria menos aconselhável. Saí de lá mais leve - com um caroço a menos - e me perguntando se o legal de tudo não é justamente carregar na cara as marcas das alegrias e tristezas que é viver. Uma amiga fez tanta plástica que já carrega um mamilo no queixo. Outro toda vez que espreguiça chuta a testa...

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