sábado, 28 de março de 2009

Elizabeth Bathory


Pouca gente sabe, mas Bram Stoker, ao escrever seu romance mais famoso, Drácula, pode ter buscado inspiração, além do satânico imperador romano Vlad V, de alcunha O Empalador, na história de uma nobre sanguinária. Mais especificamente, na condessa húngara Elizabeth Bathory, casada com o general Ferencz Nadasdy, que vivia no castelo de Csethe, nas montanhas dos Cárpatos.

Ah, que alma intrigante deve ter sido Elizabeth! Para um canibal, pelo menos. No "Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico", conta-se que durante os períodos de ausência do seu marido, motivados por numerosas campanhas militares, "a bela condessa reunia à sua volta um bando sinistro de bruxas, feiticeiros e alquimistas, que lograram convencê-la de que, se bebesse o sangue de jovens e nele se banhasse, conservaria intacta a sua beleza".

A narrativa prossegue dizendo que no silêncio da noite "a condessa e os seus sinistros acólitos atravessavam toda a região, numa carruagem negra, à procura de donzelas, que raptavam e conduziam para o castelo".

Neste local, as moças eram então acorrentadas e submetidas a torturas. O sangue que jorrava enchia a banheira da condessa. "Chegaram finalmente aos ouvidos do imperador húngaro Matias II notícias desses crimes. Quando os homens do imperador fizeram uma busca no castelo, encontraram nas masmorras muitos corpos suspensos ainda de correntes", prossegue a história.

A condessa foi julgada em 1610 e condenada pela morte de cerca de 600 jovens. Isso sim é um banho de sangue... "Os seus cúmplices foram decaptados ou queimados vivos. "Mas a condessa acabou escapando à execução devido ao seu nascimento nobre, sendo condenada a uma morte em vida - emparedada num pequeno quarto do lúgubre castelo e mantida viva apenas com algum alimento que lhe era lançado através de uma pequena fresta. Morreu quatro anos depois", afirma a narrativa.

Para terminar, frise-se que a história virou em 2008 o filme "Bathory", pelas mãos do diretor eslovaco Juraj Jakubisko. O trailler pode ser visto na net, buscando-se por "Bathory" no Youtube. A pergunta é: já chegou por aqui? Alguém viu?

2 comentários:

  1. em fato, é lenda o fato de ela se banhar. ela torturava suas vitimas até se encharcar de seu sangue, mas não chegava a tomar banho na banheira com cabeças etc, como a fantasia local começou a disseminar anos depois.

    no livro escrito com o próprio punho de Elizabeth Bathory, houveram 650 vítimas mulheres. Isso sem contar as não anotadas.

    espero ter contribuído para o post. =]

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Golpes baixos terão resposta à altura.